quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Embolia de líquido amniótico

A embolia de líquido amniótico é a obstrução de uma artéria pulmonar da mãe pelo líquido amniótico (o líquido que rodeia o feto no útero).

Em condições excepcionais, um êmbolo (uma massa de material estranho na corrente sanguínea) formado por líquido amniótico entra na circulação sanguínea da mãe, normalmente no decurso de um parto especialmente complicado com rotura de membranas. O êmbolo vai para os pulmões da mãe e obstrui uma artéria. Este bloqueio denomina-se embolia pulmonar. Isto pode provocar aceleração da frequência cardíaca, irregularidade no ritmo cardíaco, colapso, choque ou até paragem cardíaca e morte. Se a mãe sobreviver, a formação de coágulos sanguíneos dispersos na corrente sanguínea (coagulação intravascular disseminada) é uma complicação habitual, que requer assistência urgente.
Renata Ferreira

HIPEREMIA

Conceito: É o aumento do volume de sangue em um determinado local do organismo.
Pode ser:
- Ativa ou arterial (aumento de fluxo);
- Passiva ou venosa (diminuição do retorno venoso).

Hiperemia Passiva: Na insuficiência cardíaca direita temos uma falência do ventrículo direito, que mesmo depois da contração permanece com sangue no interior. O fluxo vindo na diástase encontra o ventrículo parcialmente cheio, e se acumula, indo em direção contrária (congestão). Pode ocorrer também por obstrução (compressão da femoral, cirrose retendo sangue no sistema porta).

Hiperemia Ativa: Exercícios aumentam o fluxo sangüíneo para os músculos. Durante a digestão também há aumento de fluxo (aumento de metabolismo). Em traumatismos também temos aumento de fluxo por liberação de histamina, serotonina. Situações emocionais desencadeiam rubor facial, por estimulação nervosa de vasos periféricos. OBS.: Não existe substrato morfológico de hiperemia ativa, pois não fica sangue nas veias quando tiramos uma amostra de tecido.

A manifestação nos órgãos é o aumento de volume, tanto na hiperemia ativa quanto na passiva, pelo maior fluxo de sangue. Observamos cor avermelhada na pele em ambos os tipos de hiperemia (em órgãos internos pode não ocorrer). Quando temos cianose na hipermia passiva, o sangue fica mais escuro.

Na hiperemia ativa temos aumento da temperatura, pois aumenta o fluxo nos vasos, mas a perda de calor continua a mesma. Na hipermia passiva a temperatura fica estável ou diminui, pois diminui a chegada de sangue e a perda de calor continua a mesma. Na hiperemia passiva temos diminuição do oxigênio, gerando atrofia, e como o aumento da pCO2 estimula os fibroblastos, tem-se fibrose (observada no fígado e em edemas, ambas situações com insuficiência cardíaca). Na hiperemia ativa há aumento de oxigênio e nada acontece.

Hiperemia reativa pode ser observada na ascite, que é o acúmulo de líquidos na cavidade abdominal, com compressão de vasos abdominais. Quando há uma retirada brusca desta ascite, diminui a volemia e há uma dilatação dos vasos com aumento da permeabilidade vascular, reconstituindo a ascite. Não se pode descomprimir subitamente esses vasos, e a ascite deve ser retirada aos poucos.

Débora Araújo

OBSTRUÇÃO LINFÁTICA

A obstrução linfática é um bloqueio dos vasos linfáticos. O linfedema é um inchaço que pode ocorrer por causa de uma obstrução linfática.

Os vasos linfáticos contêm veias que funcionam como válvulas, as quais possibilitam um fluxo unidirecional. Os vasos linfáticos restituem os fluídos coletados dos tecidos para a corrente sangüínea. Quando os vasos linfáticos ficam obstruídos, os fluídos permanecem nos tecidos, causando o inchaço (edema). A linfa desempenha um papel importante no sistema imune, uma vez que combate infecções e evita a invasão de corpos estranhos.


Débora Araújo

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

QUELÓIDE

O quelóide é uma lesão proliferativa, formada por tecido de cicatrização, fibroso, secundária a um traumatismo da pele. Há uma predisposição individual para o seu aparecimento, sendo mais comum em negros e mestiços. A acne do tronco pode dar origem a lesões queloideanas (acne queloideano) e também um tipo de foliculite que ocorre na nuca (foliculite queloideana).

Manifestações clínicas

O quelóide é uma lesão tumoral, de superfície lisa e consistência endurecida. No início, geralmente tem cor rósea ou avermelhada adquirindo, mais tarde, cor semelhante à pele normal ou escurecida. A região anterior do tórax e os ombros são localização frequente de quelóides. Difere das cicatrizes hipertróficas, nas quais o tecido cicatricial aumentado não excede a localização do traumatismo e tende a se reduzir com o passar do tempo.

Obs.:Mesmo pequenos traumatismos, como um furo de orelha podem dar origem a quelóides.

Tratamento

O tratamento do quelóide é muitas vezes difícil, sendo frequente o seu retorno. A retirada cirúrgica deve sempre ser acompanhada de outros tratamentos, como infiltração de corticosteróides, compressão ou radioterapia. A crioterapia com nitrogênio líquido (tratamento que congela o quelóide), precedendo a infiltração, também pode trazer bons resultados. A associação das técnicas de tratamento aumenta a chance de cura e deve ser determinada de acordo com cada caso.


Débora Araújo

Embolia Pulmonar

A embolia pulmonar é a obstrução súbita de uma artéria pulmonar, geralmente devido a um coágulo sanguíneo que viajou de uma veia da perna até o pulmão. Um coágulo que se forma em uma parte do corpo e viaja pela corrente sangüínea até outra parte é chamado de êmbolo.

A embolia pulmonar é uma condição grave, que pode causar:
* Dano permanente ao pulmão devido à falta de fluxo sangüíneo no tecido pulmonar.
* Baixos níveis de oxigênio no sangue.
* Danos a outros órgãos do corpo por falta de oxigênio.
* Se o coágulo for muito grande, ou se houver vários coágulos, embolia pulmonar pode causar morte.

Causas da embolia pulmonar

De cada dez casos de embolia pulmonar, nove começam com um coágulo nas veias profundas da perna, uma condição chamada de trombose venosa profunda. O coágulo é liberado da veia e viaja pela corrente sanguínea até os pulmões, onde pode bloquear uma artéria.

Coágulos nas pernas podem se formar quando o fluxo sanguíneo é restringido e diminui. Isso pode acontecer se a pessoa não se mover por muito tempo, como quando:
* Depois de algumas cirurgias.
* Durante longas viagens de carro ou avião.
* Se ficar na cama por um período longo de tempo.

Outras formas de formação de coágulos são veias danificadas por cirurgia ou lesão.

Sinais e sintomas da embolia pulmonar

Os sinais e sintomas da embolia pulmonar incluem perda de fôlego sem explicação, dificuldade de respirar, dor no peito, tosse ou tosse com sangue. Arritmia (batimento cardíaco rápido e irregular) também pode indicar embolia pulmonar.

Em alguns casos, os únicos sinais e sintomas são aqueles relacionados à trombose venosa profunda, os quais incluem: inchaço da perna ou ao longo da veia na perna, dor ou sensibilidade na perna, sensação de calor na área da perna com inchaço ou sensibilidade, e pele vermelha ou descolorada na perna afetada. Também é possível ter embolia pulmonar sem apresentar nenhum sinal ou sintoma.

Tratamento da embolia pulmonar

Os objetivos principais do tratamento da embolia pulmonar são:
* Impedir que o coágulo sanguíneo cresça.
* Impedir a formação de novos coágulos.


Débora Araújo

Trombose

Quando sofremos um corte, o sangue escorre um pouco e pára, porque o corpo humano é dotado de um sistema de coagulação altamente eficaz. As plaquetas, por exemplo, convergem para o local do ferimento e formam um trombo para bloquear o sangramento. Decorrido algum tempo, esse trombo se dissolve, o vaso é recanalizado e a circulação volta ao normal.
Há pessoas que apresentam distúrbios de hemostasia e formam trombos (coágulos) num lugar onde não houve sangramento. Em geral, eles se formam nos membros inferiores. Como sua estrutura é sólida e amolecida, um fragmento pode desprender-se e seguir o trajeto da circulação venosa que retorna aos pulmões para o sangue ser oxigenado. Nos pulmões, conforme o tamanho do trombo, pode ocorrer um entupimento – a embolia pulmonar – uma complicação grave que pode causar morte súbita.

Sintomas
A trombose pode ser completamente assintomática ou apresentar sintomas como dor, inchaço e aumento da temperatura nas pernas, coloração vermelho-escura ou arroxeada, endurecimento da pele.

Principais causas
·Imobilidade provocada por prolongadas internações hospitalares;
·Síndrome da classe econômica: dificuldade de movimentação durante viagens longas em aviões e ônibus;
·Terapia de reposição hormonal;
·Uso de anticoncepcionais;
·Varizes;
·Cirurgias;
·Cigarro.

Fatores de risco
Alguns fatores como predisposição genética, idade mais avançada, colesterol elevado, cirurgias e hospitalizações prolongadas, obesidade, uso de anticoncepcionais, consumo de álcool, fumo, falta de movimentação, aumentam o risco de desenvolver trombose.

UM EDEMA MUITO ESPECIAL


Existe um edema comum muito encontrado e muito especial. É o edema idiopático, ainda de origem desconhecida, apesar de ser muito estudado. Ele ocorre em mulheres jovens de 20 a 50 anos. Geralmente, essas mulheres fazem uso e abuso de diuréticos ou catárticos para constipação intestinal.
Quase sempre estão fazendo dieta para emagrecer, usando pouco sal e diuréticos. É um edema que surge nos membros e face rapidamente e sem causa aparente, podendo atingir todo o corpo. Hoje, pensa-se que a causa desse edema de origem desconhecida seja devido a um ou vários fatores:

- Secreção de hormônios mineralocorticóides que retém água e sódio
- Diminuição da albumina do plasma por dieta inadequada
- Fatores circulatórios locais, com capilares alterados
- Permanência, por longos períodos, na posição de pé (ortostatismo)
- Malfuncionamento do retorno venoso e linfático
- Alterações psicológicas que influenciam na atividade hormonal da mulher.


Débora Araújo

ORTOTANÁSIA

Etimologicamente, ortotanásia significa morte correta: "orto" certo, "thanatos" morte. Significa o não prolongamento artificial do processo de morte, além do que seria o processo natural, feito pelo médico...
A ortotanásia serviria, então, para evitar a distanásia. Em vez de se prolongar artificialmente o processo de morte (distanásia), deixa-se que este se desenvolva naturalmente (ortotanásia).
Em suma, ortotanásia na forma popular seria a morte no momento certo, sem que o paciente seja submetido a tratamento artificial para que se prolongue uma vida vegetativa.
Temos, pois, o direito de não nos sujeitarmos a terapias fúteis que tentam impedir a morte, quando esta está chegando, inevitavelmente em consequência de causas naturais.


Débora Araújo

domingo, 25 de outubro de 2009

Hipervitaminose

As vitaminas são nutrientes de vital importância para a nossa saúde. O organismo não é capaz de sintetizá-las, por esse motivo, necessitamos ingeri-la regularmente nas doses recomendadas. Tanto a falta quanto o excesso de vitaminas podem trazer prejuízos a nossa saúde, manifestando-se com o surgimento de doenças e o mau funcionamento do nosso organismo.

As dosagens excessivas de vitaminas A, B3 e B6 isolada (sem o Complexo B), algumas vezes são associadas aos efeitos colaterais de vitamina, entretanto os mesmos normalmente cessam rapidamente com a redução ou interrupção da ingestão das mesmas. É importante ressaltar que nem todas as vitaminas geram um quadro de hipervitaminose. A vitamina C, por exemplo, tem sido utilizada em doses diárias 1000 vezes acima da dose diária recomendada, sem efeitos tóxicos, no tratamento de doenças graves, embora a superdosagem da vitamina C exerça um forte efeito laxativo em pessoas saudáveis.

As elevadas doses de suplementos minerais também podem causar intoxicação e efeitos colaterais, principalmente em suplementos que contenham ferro, incluindo multi-vitaminas, embora esse tipo de envenenamento seja bastante incomum.

Renata Ferreira

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

ESTEATOSE















Mecanismos envolvidos na esteatose hepática.


Camila Pinheiro

ESTEATOSE HEPÁTICA MICROVESICULAR













Camila Pinheiro

ESTEATOSE HEPÁTICA MACROVESICULAR















Camila Pinheiro

DISPLASIA DE DESENVOLVIMENTO DO QUADRIL


POR QUE FAZER ULTRA-SOM DO QUADRIL EM RECÉM-NASCIDOS?


1) O que significa o termo displasia?

Significa desenvolvimento anormal de órgãos e tecidos que causam deformidades, podendo ou não ser hereditárias.

2) O que significa displasia de desenvolvimento do quadril (DDQ)?

A DDQ é um termo genérico que descreve um espectro de alterações anatômicas do quadril infantil que pode ser congênito ou aparecer durante o desenvolvimento da criança. Abrange desde alterações discretas da forma do quadril até deformações graves.

Hoje, está bem estabelecido que estes quadris podem deslocar-se em diversas idades após o nascimento, e alguns se deslocam mesmo depois do início da marcha.

3) Qual a incidência de DDQ?

Depende de quanto e de como o espectro é considerado. As instabilidades do quadril do recém-nascido estão presentes em 0,5 a 1% das articulações, mas a luxação clássica somente em 0,1% das crianças.

Cerca da metade das mulheres que desenvolvem artrite degenerativa do quadril na vida adulta foi portadora na infância de alguma forma de displasia. A displasia mais comum é a chamada displasia escondida do quadril. É perigosa, porque passa despercebida por um exame clínico normal ou quase normal.

As alterações grosseiras do exame clínico, presentes na luxação do quadril do recém-nascido, são facilmente descobertas; entretanto, as alterações discretas podem às vezes estar presentes e não serem reconhecidas.

4) Como é a evolução da DDQ?

A instabilidade articular é o primeiro evento que acontece no desenvolvimento da displasia. Nesta fase inicial do processo, a cabeça femoral não está deslocada, o que torna o diagnóstico mais difícil, porque o exame clínico é praticamente normal.

A partir desta fase do desenvolvimento, o quadril pode evoluir para três situações diferentes. Primeiro, para uma forma satisfatória e se normalizar. Segundo, para a luxação. Terceiro, estabilizar-se e guardar os sinais de displasia, o que conduzirá fatalmente para o quadro de osteoartrose precoce do quadril.

5) Como se apresenta o quadril instável no recém-nascido?

Apresenta-se ao exame clínico como se estivesse mais “frouxo”, permitindo um movimento um pouco mais amplo entre a cabeça femoral e o acetábulo (parte do quadril onde se encaixa a cabeça femoral). Há uma sensação de contenção mais “frouxa” da cabeça do fêmur. Esta percepção é difícil e exige experiência do examinador. Mesmo o mais experiente dos examinadores poderá não reconhecer ou ser enganado por este sinal clínico tão discreto encontrado nos casos de displasia escondida do quadril. O diagnóstico só poderá ser feito se for considerada essa hipótese.

4) Como identificar as crianças portadoras de displasia escondida do quadril?

O primeiro passo é identificar a criança e o quadril que necessita ser tratado. É muito importante identificar as crianças portadoras de displasia escondida do quadril, porque o tratamento necessita ser precoce, de preferência no período neonatal. Existem fatores de risco que ajudam a identificar esses recém-nascidos.

6) Quais são dos fatores de risco para o desenvolvimento da displasia de desenvolvimento do quadril?

a) Historia familiar de DDQ ou osteartrose do quadril;

b) Primeira gravidez;

c) Posição pélvica intra-uterina do feto;

d) Oligoidrâmio (diminuição do líquido amniótico);

e) Tamanho e peso da criança;

f) Hiperflacidez ligamentar;

g) Presença de deformidades nos membros inferiores;

h) Edema do músculo esternocleidomastóideo (músculo do

Pescoço) ou torcicolo congênito;

i) Partos em área de maior incidência de DDQ

j) Fatores genéticos.

A associação dos fatores de risco a alterações do exame clínico facilita o diagnóstico. As alterações clínicas mais comuns encontradas nas crianças com displasia escondida do quadril são a assimetria de pregas cutâneas e a limitação da abdução (abertura) das articulações coxofemorais. Uma vez feito o diagnóstico da displasia, o tratamento deve ser iniciado imediatamente. O atraso pode causar deformidades residuais definitivas, e eventual artrite degenerativa que comprometerá a função articular.

7) O ultra-som no diagnóstico da DDQ

Ao nascimento, a cabeça femoral do neonato é composta de cartilagem, é hipoecogênica (é diferenciada ao ultra-som por ser uma área mais escurecida) em relação aos tecidos circunjacentes e, portanto, facilmente identificável ao ultra-som.

Entre o segundo e o oitavo mês de vida, várias semanas antes da identificação radiológica, já podem ser notados os centros de ossificação da cabeça do fêmur.

A ultra-sonografia demonstrou ser altamente sensível e específica para o diagnóstico da displasia do quadril, mostrando resultados falso-positivos e falso-negativos somente em 1% a 2% dos casos. Como já foi bem documentado, nem o exame físico nem o exame radiológico apresentam melhor acurácia do que a ultra-sonografia na avaliação da DDQ.

8) Quando realizar o ultra-som para o diagnóstico da displasia escondida do quadril?

O rastreamento rotineiro de todos os recém-nascidos, independentemente do exame clínico ou de fatores de risco, como os realizados em alguns países europeus, mostrou-se altamente eficaz na detecção e no tratamento precoce da displasia.

No entanto, fazer ultra-som de rotina em todos os recém-nascidos traz alguns inconvenientes: tratamento desnecessário de quadris imaturos que poderiam resolver-se espontaneamente; aumento exagerado dos custos e perda dos casos cuja displasia se desenvolve após o período neonatal.

Uma alternativa seria rastrear somente as crianças com alterações ao exame clínico ou que, apesar de exame clínico normal, apresentassem os fatores de risco para DDQ. Essa conduta diminuiria o número de crianças a serem examinadas, bem como o custo final da assistência.

A época para a realização do exame também merece algumas considerações. Exames muito precoces poderiam superestimar quadris ainda imaturos, que podem apresentar uma resolução espontânea.

Um bom protocolo seria o seguinte: Se o exame clínico estiver normal com fator de risco ausente: faz-se somente seguimento clínico sem ultra-som. Se há fator de risco, com exame clinico normal, realiza-se ultra-som com 4 a 6 semanas. Se o exame clínico estiver alterado, far-se-á o Ultra-som. Se existir CLICK sem instabilidade, o Ultra-Som poderá ser feito com 4 a 6 semanas de vida. Se houver instabilidade de quadril, o Ultra-Som deverá ser feito com 1 a 2 semanas.

Camila Pinheiro

TERMORREGULAÇÃO


Termorregulação

A temperatura normal do recém-nascido está entre 36,5ºC e 37,5ºC. A sua aferição pode ser feita em três locais diferentes: boca, axila ou reto. Na região axilar que é a mais comum de verificar a temperatura é feita durante 5 minutos com termômetros de coluna de mercúrio.

FISIOLOGIA DA REGULAÇÃO TÉRMICA
PERDA DE CALOR
O recém-nascido perde calor para o ambiente de quatro maneiras:
  • Evaporação: ao nascer, o líquido amniótico evapora de sua pele;
  • Condução: por contato direto com uma superfície fria;
  • Radiação: por meio de radiação para superfícies frias mais distantes;
  • Convecção: por meio de corrente de ar frio ou ar encanado.
HIPOTERMIA
A hipotermia tem sido relatada como um importante fator de risco para mortalidade neonatal; no entanto, sua prevalência é desconhecida em muitas partes do mundo.
Considera-se hipotermia quando a temperatura está abaixo de 36,5ºC, podendo ser:
  • Leve: 36ºC a 36,4ºC;
  • Moderada: 32ºC a 35,9ºC;
  • Grave: abaixo de 32ºC
FATORES PREDISPONENTES
  1. Maior superfície corporal em relação ao peso;
  2. Cabeça maior em relação ao corpo;
  3. Pele fina;
  4. Rn pré-termo e de baixo peso têm menos gordura marrom e pele mais fina.
SINAIS E SINTOMAS
  1. Agitação e choro;
  2. extremidades frias, pálidas ou cianóticas;
  3. respiração superficial e irregular podendo ser acompanhada por gemido;
  4. frequência cardíaca baixa, hipoatividade, sucção débil e choro fraco;
  5. nos casos de hipotermia grave: diminuição da diurese, edema generalizado.
PREVENÇÃO
  • secar o bebê após o nascimento;
  • envolver o Rn em lençóis secos;
  • dar o Rn a mãe para amamentar.
TRATAMENTO
consiste em reaquecer os bebês hipotérmicos

HIPERTERMIA
É menos frequênte que a hipotermia. Considera-se hipertermia quando a temperatura está acima de 37,5ºC.

CAUSAS
  • Aumento da temperatura do ambiente( roupas quentes e cobertores, luz solar direta, incubadora mal regulada).
  • A hipertermia pode ser um sinal de infecção, porém os RNs infectados apresentam hipotermia com frequência.
SINAIS E SINTOMAS
  • respiração rápida
  • irritabilidade
  • rubor facial
  • sudorese
PREVENÇÃO
  1. Evitar superaquecimento
TRATAMENTO
Consiste na remoção das causas:
  • Trocar roupas quentes por leves;
  • Descobrir o RN quando estiver muito enrolado;
  • Desligar a incubadora;
  • Se necessário, investigar infecção
Camila Pinheiro





DENGUE


O MOSQUITO AEDES AEGYPTI


DOENÇA DE CHAGAS

Doença de Chagas
Classificação e recursos externos
Trypanosoma cruzi crithidia.jpeg


A doença de Chagas, mal de Chagas ou chaguismo, também chamada tripanossomíase americana, é uma infecção causada pelo protozoário cinetoplástida flagelado Trypanosoma cruzi, e transmitida por insetos, conhecidos no Brasil como barbeiros, ou ainda, chupança, fincão, bicudo, chupão, procotó, (da família dos Reduvideos (Reduviidae), pertencentes aos gêneros Triatoma, Rhodnius e Panstrongylus. Trypanosoma cruzi é um membro do mesmo gênero do agente infeccioso africano da doença do sono e da mesma ordem que o agente infeccioso da leishmaniose, mas as suas manifestações clínicas, distribuição geográfica, ciclo de vida e de insetos vetores são bastante diferentes.

Os sintomas da doença de Chagas podem variar durante o curso da infecção. No início dos anos, na fase aguda, os sintomas são geralmente ligeiros, não mais do que inchaço nos locais de infecção. À medida que a doença progride, durante até vinte anos, os sintomas tornam-se crônicos e graves, tais como doença cardíaca e de intestino. Se não tratada, a doença crônica é muitas vezes fatal. Os tratamentos medicamentosos atuais para o tratamento desta doença são pouco satisfatórios, com os medicamentos com significativo efeito colateral, muitas vezes, ineficazes, em especial na fase crônica da doença.

Epidemiologia e distribuição geográfica

Mapa da incidência da doença de Chagas

Estima-se que existam até 18 milhões de pessoas com esta doença, entre os 100 milhões que constituem a população de risco, distribuída por 18 países americanos. Dos infectados, cerca de 20 000 morrem a cada ano.

A doença de Chagas crônica é um problema epidemiológico apenas em alguns países da América Latina, mas a migração crescente de populações aumentou o risco de transmissão por transfusão de sangue até mesmo nos EUA, e têm surgido casos da doença em animais silvestres até à Carolina do Norte.

Distribuída pelas Américas desde os EUA até a Argentina, atinge principalmente as populações rurais pobres. As casas pobres, com reboco defeituoso e sem forro, são habitat para o inseto barbeiro, que dorme de dia nas rachaduras das paredes e sai à noite para sugar o sangue da pessoas que dormem, geralmente no rosto ou onde a pele é mais fina. Os casos nos EUA de origem endémica (e não em imigrantes) são raríssimos, devido ao maior afastamento das casas dos animais e do menor número de locais dentro das casas onde os insectos possam se reproduzir.

A doença afecta muitos outros vertebrados além do Homem: cães, gatos, roedores, tatus e gambás podem ser infectados e servir de reservatório do parasita.

Transmissão

Triatoma infestans, um dos insectos barbeiros transmissores da doença de Chagas

O barbeiro se infecta ao sugar o sangue de um organismo infectado. No intestino do vetor, o tripomastigoto se transforma em epimastigoto que então se reproduz. O tripomastigoto não se reproduz. O homem por sua vez, é afectado pelas fezes ou urina contaminadas do Triatomíneo (barbeiro no Brasil) pois enquanto suga o sangue defeca nesse mesmo local.

A infestação também pode ser por transfusão de sangue ou transplante de órgãos, ou por via placentária.

A recente notícia (março de 2005) de uma forma alternativa, oral, de infecção, abre um campo de pesquisa ainda não explorado sobre novas formas de infestação. No entanto esta forma de transmissão é, quase certamente, rara. Embora exista uma descrição de megaesôfago por T. cruzi em Santa Catarina em 2003, não há evidência de infestação oral. Em SC, o T. cruzi, apesar de encontrado na proporção de 21 a 45% em um de seus reservatórios naturais, o gambá (Didelphis marsupialis), existe nesta espécie sob uma forma menos infectante que a encontrada em Minas Gerais, onde a doença de Chagas é endêmica. Há ainda casos recentes no Pará que podem estar ligados ao consumo de açaí, estão sendo pesquisados para comprovar essa ligação, pois a fruta pode ser tirada junto com o inseto transmissor e o preparo do alimento talvez não seja seguro.

O coito é uma forma de transmissão nunca comprovada na espécie humana. Já foram encontrados tripomastigotas em menstruação de mulheres com chagas e esperma de cobaios infectados.

Sinais e sintomas

Criança com chagoma característico no olho direito e edema da pálpebra: o sinal de Romaña

A doença tem uma fase aguda, de curta duração, que em alguns doentes progride para uma fase crônica.

A fase aguda é geralmente assintomática, e tem uma incubação de uma semana a um mês após a picada. No local da picada pode-se desenvolver uma lesão volumosa, o chagoma, local eritematosa (vermelha) e edematosa (inchada). Se a picada for perto do olho é frequente a conjuntivite com edema da pálpebra, também conhecido por sinal de Romaña. Outros sintomas possíveis são febre, linfadenopatia, anorexia, hepatoesplenomegalia, miocardite brandas e mais raramente também meningoencefalite. Entre 20 a 60% dos casos agudos se transformam, em 2 a 3 meses, em portadores com parasitas sanguíneos continuamente, curando-se os restantes. No entanto, em todos os casos param os sintomas após cerca de dois meses. Muitos mas não todos os portadores do parasita desenvolvem sintomas devido à doença crônica.

O caso crônico permanece assintomático durante dez a vinte anos. No entanto neste período de bem-estar geral, o parasita está a reproduzir-se continuamente em baixos números, causando danos irreversíveis em órgãos como o sistema nervoso e o coração. O fígado também é afectado mas como é capaz de regeneração, os problemas são raros. O resultado é apenas aparente após uma ou duas décadas de progressão, com aparecimento gradual de demência (3% dos casos iniciais), cardiomiopatia (em 30% dos casos), ou dilatação do trato digestivo (megaesófago ou megacólon (6%), devido à destruição da inervação e das células musculares destes órgãos, responsável pelo seu tónus muscular. No cérebro há frequentemente formação de granulomas. Neste estágio a doença é frequentemente fatal, mesmo com tratamento, geralmente devido à cardiomiopatia (insuficiência cardíaca). No entanto o tratamento pode aumentar a esperança e qualidade de vida (ver mais abaixo secção sobre tratamento).

Há ainda infrequentemente casos de morte súbita, quer em doentes agudos quer em crónicos, devido à destruição pelo parasita do sistema condutor dos batimentos no coração ou danos cerebrais em áreas críticas.

Diagnóstico

O diagnóstico pode ser:

  1. Microscópico, buscando o parasita no sangue do paciente, o que é possível apenas na fase aguda após cerca de 2 semanas depois da picada. Detecta mais de 60% dos casos nesta fase.
  2. Xenodiagnóstico, onde o paciente é intencionalmente picado por barbeiros não contaminados e, quatro semanas depois, seu intestino é examinado em busca de parasitas; ou pela inoculação de sangue do doente em animais de laboratório e verificação se desenvolvem a doença aguda.
  3. Detecção do DNA do parasita por PCR (reação em cadeia da polimerase).
  4. Detecção de anticorpos específicos contra o parasita no sangue. É útil nos casos crónicos mas a distinção entre estes e as curas é difícil.

Tratamento

Na fase inicial aguda, a administração de fármacos como nifurtimox, alopurinol e Benzonidazol curam completamente ou diminuem a probabilidade de cronicidade em mais de 80% dos casos.

A fase crônica é incurável, já que os danos em órgãos como o coração e o sistema nervoso são irreversíveis. Tratamento paliativo pode ser usado.

Segundo a DNDi, o mal de Chagas, juntamente com a doença do sono e a leishmaniose, está entre as doenças "extremamente negligenciadas", basicamente em razão da extrema pobreza dos pacientes - que, assim, estão fora do mercado da indústria farmacêutica.

Prevenção ou Profilaxia

Ainda não há vacina para a prevenção da doença. A prevenção está centrada no combate ao vetor, o barbeiro, principalmente através da melhoria das moradias rurais a fim de impedir que lhe sirvam de abrigo. A melhoria das condições de higiene, o afastamento dos animais das casas e a limpeza frequente das palhas e roupas são eficazes.

O uso do insecticida extremamente eficaz mas tóxico DDT está indicado em zonas endémicas, já que o perigo dos insectos transmissores é muito maior.

Camila Pinheiro

ASPECTOS DA TANATOLOGIA


Do grego, thanatos= morte

Ciência que tem por objetivo o estudo de morte, ramo da patologia que se preocupa com os fenômenos cadavéricos, sinais transformativos e destrutivos, diagnóstico da morte, a necrópsia e a causa jurídica da morte.

Alguns conceitos

TANATOSE(Psicostase) - Estado de vida aparente, com cessação das funções biológicas, estado irreversível.
BIOSTASE- Estado limite de morte aparente, com esgotamento de todas funções biológicas( respiração, ritmo cardíaco, etc), processo reversível.
CRONOTANATOGNOSE - É o capítulo da tanatologia que estuda os meios de determinação do tempo transcorrido entre a morte e o exame necroscópico.

FENÔMENOS CADAVÉRICOS

Esfriamento cadavérico("algor mortis") - fenômeno abiótico, em que o corpo passa a perder calor, à razão de 1,0 a 1,5ºC por hora, igualando-se a temperatura ambiente. Vários fatores podem alterar o fenômeno como o estado nutricional ou panículo adiposo.

Rigidez cadavérica("rigor mortis")- enrijecimento do cadáver 2 ou 3 horas após o óbito, finalizando em 9 horas. Progride na ordem: mandibula-pescoço-tronco-membros.

Manchas de Hipóstase("livor mortis")- surgem como pontilhados que coalescem em placas de cor variável(vermelho-arroxeadas). desaparecem pela compressão.

PUTREFAÇÃO
Fenômeno ligado à autodigestão de tecidos e órgãos por enzimas próprias(autólise).
ASPECTOS CARACTERÍSTICOS:
  • Hemólise em endocárdio e grandes vasos
  • Embebição biliar
  • Amolecimento autolítico da supra-renal
  • Relaxamento dos esfincteres
  • Bolhas gasosas no fígado, pulmões e baço
  • Produção de cadaverina e odor putrefativo
Período Cromático: tem início após 24 horas, com as manchas verde-enegrecidas (sulfometa-hemoglobina) até o fim da primeira semana.
Período Enfisematoso: inicia-se com edemas de face, genitália e circulação póstuma de Bouardel surgem entre 48 a 72h.
Período Coliquativo: tem início no fim da 1ª semana. Turgescência sistêmica seguida por perda de líquidos corporais.
Período de Esqueletização: começa entre 3ª e 4ª semanas e ocorrem faunas exógenas.

Fase gasosa da putrefação- Aumento de volume do corpo devido a formação de gases. A pele torna-se de cor verde enegrecida. O aumento de volume provoca a protusão de lingua. Os olhos ficam salientes devido ao acúmulo retro-bulbar de gases provenientes da decomposição.

Em locais de temperatura elevada ela é mais rápida, bem como em indivíduos que apresentam febre, septicemia ou foram a óbito por overdose de cocaína.

TANATODIAGNOSE
Sinais Presuntivos- parada cardíaca, respiratória e cerebral
Sinais Consecutivos- resfriamentocadavérico, livores, midríase
Sinais Transformativos e Conservativos- munificação, ressecamento do cadáver, saponificação
Sinais Destrutivos(putrefativos)- gases, colignação, esquelitização.

Camila Pinheiro


domingo, 4 de outubro de 2009

Drunkorexia (anorexia alcoólica)

Drunkorexia, ou anorexia alcoólica termo criado nos EUA para definir o alcoolismo associado a distúrbios alimentares. Este distúrbio é muito comum entre jovens e adultos de idade entre 20 e 40 anos, que ingerem bebidas alcoólicas no lugar da refeição.

O ato restringe a absorção de calorias necessárias ao corpo humano sob o objetivo de manter um visual esbelto e na moda. Entre as celebridades artísticas o costume da “drunkorexia”, além de causas estéticas, é impulsionada por cobranças do mercado, angústias e compulsões profissionais.

Segundo a OMS ( Organização Mundial de Saúde), o alcoolismo atinge de 10% a 12% da população mundial. Equilibrar o peso do corpo através da bebida é o mesmo que realizar uma dieta forçada e depois cair no efeito sanfona ( alternância periódica de peso ).

Estudos psiquiátricos revelam que o alcoolismo feminino está associado a transtornos psicológicos relacionados à anorexia, bulimia, depressão e ansiedade. O álcool anestesia emoções ruins como a frustração, e no caso da “drunkorexia”, reduz o apetite. No funcionamento orgânico beber com estômago vazio acelera os efeitos do álcool.

Beber sem moderação pode vir a causar doenças no sistema digestivo e , em certos casos, no sistema sangüíneo, além de outros males. Beber demais ainda causa perda de reflexos, principalmente para o motorista em trânsito.

Fonte: www.infoescola.com

Renata Ferreira

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Acima do peso: esqueleto mais frágil em jovens
Sobrepeso e osteoporose podem ter ligação direta. Embora se acredite que a sobrecarga causada por altos índices de massa corpórea minimize a perda óssea, estudos revelam que os ossos se tornam mais frágeis porque hormônios sexuais se modificam nas células de gordura – quanto mais gordura, menos massa óssea. Em adultos a obesidade está ligada a um aumento da densidade de minerais nos ossos e um risco menor de fraturas da bacia em mulheres pós-menopausa. Em adolescentes, que ainda estão crescendo, as relações são mais refinadas, de acordo com um estudo de Wagner Prado e Aline de Piano coordenado por Ana Dâmaso, da Universidade Federal de São Paulo (Journal of Bone and Mineral Metabolism). Análises de sangue e de ossos de 109 adolescentes (41 rapazes e 68 moças) de 13 a 18 anos com sobrepeso indicaram uma relação inversa entre níveis de insulina e de resistência à insulina com a densidade mineral óssea. Do mesmo modo, nos rapazes obesos que participaram desse estudo, quanto maiores as taxas de leptina, hormônio que reduz o apetite e acelera o metabolismo, menor a quantidade de minerais nos ossos – portanto, maior o risco de osteoporose, uma doença característica dos idosos, em jovens.
Fonte: http://www.humanaalimentar.com.br/humana
Renata Ferreira

Lembrar a todos pelo dia do Idoso, 1° de Outubro! E parabéns a todos os idosos!!!

Dez dicas para se proteger do Câncer

1. Pare de fumar! Esta é a regra mais importante para prevenir o câncer.

2. Uma alimentação saudável pode reduzir as chances de câncer em pelo menos 40%. Coma mais frutas, legumes, verduras, cereais e menos alimentos gordurosos, salgados e enlatados. Sua dieta deveria conter diariamente, pelo menos, cinco porções de frutas, verduras e legumes. Dê preferência às gorduras de origem vegetal como o azeite extra virgem, óleo de soja e de girassol, entre outros, lembrando sempre que não devem ser expostas a altas temperaturas. Evite gorduras de origem animal (leite e derivados, carne de porco, carne vermelha, pele de frango etc) e algumas gorduras vegetais como margarinas e gordura vegetal hidrogenada.

3. Evite ou limite a ingestão de bebidas alcoólicas. Os homens não devem tomar mais do que dois drinks por dia, enquanto as mulheres devem limitar este consumo a um drink. Além disso, pratique atividades físicas moderadamente durante pelo menos 30 minutos, cinco vezes por semana.

4. É aconselhável que homens, entre 50 e 70 anos, na oportunidade de uma consulta médica, orientem-se sobre a necessidade de investigação do câncer da próstata.

5. Os homens acima de 45 anos e com histórico familiar de pai ou irmão com câncer de próstata antes dos 60 anos devem realizar consulta médica para investigação de câncer da próstata.

6. As mulheres, com 40 anos ou mais, devem realizar o exame clínico das mamas anualmente. Além disto, toda mulher, entre 50 e 69 anos, deve fazer uma mamografia a cada dois anos. As mulheres com caso de câncer de mama na família (mãe, irmã, filha etc, diagnosticados antes dos 50 anos), ou aquelas que tiverem câncer de ovário ou câncer em uma das mamas, em qualquer idade, devem realizar o exame clínico e mamografia, a partir dos 35 anos de idade, anualmente.

7. As mulheres com idade entre 25 e 59 anos devem realizar exame preventivo ginecológico. Após dois exames normais seguidos, deverá realizar um exame a cada três anos. Para os exames alterados, deve-se seguir as orientações médicas.

8. É recomendável que mulheres e homens, com 50 anos ou mais, realizem exame de sangue oculto nas fezes, a cada ano (preferencialmente), ou a cada dois anos.

9. No lazer, evite exposição prolongada ao sol, entre 10h e 16h, e use sempre proteção adequada como chapéu, barraca e protetor solar. Se você se expõe ao sol durante a jornada de trabalho, procure usar chapéu de aba larga, camisa de manga longa e calça comprida.

10. Realize diariamente a higiene oral (escovação) e consulte o dentista regularmente.

Fonte: INCA

Renata Ferreira

QUIMIOTERAPIA

A quimioterapia é o método que utiliza compostos químicos, chamados quimioterápicos, no tratamento de doenças causadas por agentes biológicos. Quando aplicada ao câncer, a quimioterapia é chamada de quimioterapia antineoplásica ou quimioterapia antiblástica.

VOCÊ SABIA?
O primeiro quimioterápico antineoplásico foi desenvolvido a partir do gás mostarda, usado nas duas Guerras Mundiais como arma química. Após a exposição de soldados a este agente, observou-se que eles desenvolveram hipoplasia medular e linfóide, o que levou ao seu uso no tratamento dos linfomas malignos. A partir da publicação, em 1946, dos estudos clínicos feitos com o gás mostarda e das observações sobre os efeitos do ácido fólico em crianças com leucemias, verificou-se avanço crescente da quimioterapia antineoplásica. Atualmente, quimioterápicos mais ativos e menos tóxicos encontram-se disponíveis para uso na prática clínica. Os avanços verificados nas últimas décadas, na área da quimioterapia antineoplásica, têm facilitado consideravelmente a aplicação de outros tipos de tratamento de câncer e permitido maior número de curas.
(INCA)
RENATA FERREIRA

Imagine um pequeno aumento na proliferação do tumor. A presença de um padrão de "céu estrelado" da lesão.
O linfoma de Burkitt é um tipo de linfoma não-Hodgkin altamente agressivo, que exibe o maior índice de proliferação celular dentre os neoplasmas humanos. Ocorre predominantemente nas primeiras décadas de vida, com predileção pelo gênero masculino e grande afinidade pelos ossos gnáticos, especialmente maxila. Na cavidade oral, este tumor pode progredir muito rapidamente e se apresentar como uma tumefação facial ou uma massa exofítica envolvendo os maxilares.
(Revista brasileira de otorrinolaringologia)
Renata Ferreira