sábado, 26 de setembro de 2009

HIPERTERMIA

Elevação da temperatura do corpo acima do normal (superior a 38ºC). Na hipertermia simples, ao contrário da febre, não há perturbação funcional do sistema hipotalâmico regulador do calor corporal. As causas da hipertermia podem ser: aumento do fornecimento de calor ou da sua produção; diminuição da perda de calor, como na termoterapia e na acumulação de calor (ex.: no golpe de calor). O termo hipertermia é muitas vezes empregado como sinônimo de febre; todavia, o termo febre possui uma acepção mais ampla, porque designa igualmente os sintomas provocados pela hipertermia: aceleração do pulso e da respiração, calafrios.

MELANOMA


O melanoma cutâneo (fig.1) é um tipo de câncer que tem origem nos melanócitos (células produtoras de melanina, substância que determina a cor da pele) e tem predominância em adultos brancos. Embora só represente 4% dos tipos de câncer de pele, o melanoma é o mais grave devido à sua alta possibilidade de metástase.

Epidemiologia
A letalidade do câncer de pele melanoma é elevada, porém sua incidência é baixa. Para 2008 estão previstos 2.950 casos novos em homens e 2.970 casos novos em mulheres, segundo a Estimativa de Incidência de Câncer no Brasil. As maiores taxas estimadas em homens e mulheres encontram-se na região Sudeste.

O melanoma de pele é menos freqüente do que os outros tumores de pele (basocelulares e de células escamosas), porém sua letalidade é mais elevada. Tem-se observado um expressivo crescimento na incidência deste tumor em populações de cor de pele branca. Quando os melanomas são detectados em estádios iniciais os mesmos são curáveis.

O prognóstico desse tipo de câncer pode ser considerado bom, se detectado nos estádios iniciais. Nos últimos anos, houve uma grande melhora na sobrevida dos pacientes com melanoma, principalmente devido à detecção precoce do mesmo. Nos países desenvolvidos, a sobrevida média estimada em cinco anos é de 73%, enquanto que, para os países em desenvolvimento, a sobrevida média é de 56%. A média mundial estimada é de 69%.

Fatores de Risco
Os fatores de risco, em ordem de importância, são: a sensibilidade ao sol (queimadura pelo sol e não bronzeamento), a pele clara, a exposição excessiva ao sol, a história prévia de câncer de pele, história familiar de melanoma, nevo congênito (pinta escura), maturidade (após 15 anos de idade a propensão para este tipo de câncer aumenta), xeroderma pigmentoso (doença congênita que se caracteriza pela intolerância total da pele ao sol, com queimaduras externas, lesões crônicas e tumores múltiplos) e nevo displásico (lesões escuras da pele com alterações celulares pré-cancerosas).


Prevenção
Como os outros tipos de câncer de pele, o melanoma pode ser prevenido evitando-se a exposição ao sol no horário das 10h às 16h, quando os raios são mais intensos. Mesmo durante o período adequado é necessária a utilização de proteção como chapéu, guarda-sol, óculos escuro e filtros solares com fator de proteção 15 ou mais.

Sintomas
O melanoma pode surgir a partir da pele normal ou de uma lesão pigmentada. A manifestação da doença na pele normal se dá a partir do aparecimento de uma pinta escura de bordas irregulares acompanhada de coceira e descamação.

Em casos de uma lesão pigmentada pré-existente, ocorre um aumento no tamanho, uma alteração na coloração e na forma da lesão que passa a apresentar bordas irregulares.


Diagnóstico
A coloração pode variar do castanho-claro passando por vários matizes chegando até à cor negra (melanoma típico) ou apresentar área com despigmentação (melanoma com área de regressão espontânea). O crescimento ou alteração da forma é progressivo e se faz no sentido horizontal ou vertical. Na fase de crescimento horizontal (superficial), a neoplasia invade a epiderme, podendo atingir ou não a derme papilar superior. No sentido vertical, o seu crescimento é acelerado através da espessura da pele, formando nódulos visíveis e palpáveis.


Tratamento
A cirurgia é o tratamento mais indicado. A radioterapia e a quimioterapia também podem ser utilizadas dependendo do estágio do câncer. Quando há metástase, o melanoma é incurável na maioria dos casos. A estratégia de tratamento para a doença avançada deve ter então como objetivo aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida do paciente.

HERPES ZOSTER

Sinônimo/nome popular: Cobreiro.

O QUE É?

É uma doença decorrente da reativação do vírus da varicela (vírus varicela-zoster) em latência, que afeta adultos e pacientes com a imunidade comprometida.



COMO SE DESENVOLVE OU SE ADQUIRE?

Causas diversas podem ocasionar uma reativação do vírus, causando a erupção do herpes zoster.

Não existem evidências de que uma pessoa possa desenvolver herpes zoster como resultado do contato com paciente com varicela ou herpes zoster. Mas o contato direto com as lesões cutâneas pode resultar na transmissão de varicela a uma pessoa suscetível.

Em geral, não há recorrência do quadro de herpes zoster; apenas 5% dos pacientes podem ter recorrência, usualmente no mesmo local.

Qualquer pessoa que tenha tido varicela é suscetível de ter herpes. Em geral são adultos com mais de 50 anos e a incidência aumenta com a idade avançada. Também é mais comum em pessoas com doenças que alterem sua imunidade, como já descrito.

O QUE SE SENTE?

Antecedendo as lesões de pele, os pacientes referem muitas vezes mal-estar, dor de cabeça, febre, dores nevrálgicas (nos nervos), perda de sensibilidade, ardência e coceira locais. A lesão típica é uma vesícula (bolha pequena) sobre uma base avermelhada na pele, em geral em grupos coalescentes.

Surgem de modo gradual, levando 2 a 4 dias para se estabelecerem. Quando não ocorre infecção secundária por bactérias, as vesículas "secam" formando crostas e o quadro evolui para a cura em 2 a 4 semanas. As regiões mais comprometidas são a torácica, cervical (pescoço), trigêmeo (face), e lombo-sacra (cintura para baixo).

Em pacientes com imunidade alterada podem surgir em localização atípica e se disseminar.

A erupção é unilateral, raramente ultrapassando a linha média, seguindo o trajeto de um nervo.

A dor é bastante intensa, não é rara durante a erupção de pele, embora geralmente diminua nos pacientes com menos de 50 anos e à medida que a doença melhora.

Em pacientes com mais de 50 anos, a dor pode persistir depois de curadas as lesões de pele - é a chamada nevralgia pós-herpética. A nevralgia pode ser uma seqüela a longo prazo, ocorrendo em 10 a 15% dos pacientes, aumentando com a idade. Na maioria das vezes se resolve espontaneamente dentro dos primeiros 12 meses, mas pode persistir por anos. A dor é com freqüência intensa e debilitante. Pode se manifestar com combinações de coceira, ardência com perda de sensibilidade local e dores intensas súbitas e agudas. Um leve toque no local pode induzir a um desconforto acentuado.

COMO SE FAZ O DIAGNÓSTICO?

O aspecto das lesões é típico, em geral, para o diagnóstico de herpes zoster.

Existe um exame de coleta do material da base da vesícula (bolha pequena) que é inespecífico, sendo os mesmos achados para a varicela, herpes simples e zoster.

COMO SE TRATA?

As medidas sintomáticas auxiliam e são muito eficientes, principalmente, no alívio da dor.

A terapia antiviral, em infecções não complicadas, acelera a cicatrização, reduzindo o número e dias de desenvolvimento de lesões novas e aliviando a dor do zoster. A terapia antiviral é útil se iniciada dentro das primeiras 72 horas depois do início das lesões de pele e pode ser de muita importância nos pacientes com mais de 50 anos ou imunocomprometidos.

COMO SE PREVINE?

Estudos recentes e amplos têm demonstrado a utilidade da vacina contra Varicela na redução das complicações do herpes zoster e da neuralgia posherpética, principalmente em pessoas de idade avançada (maiores de 60 anos).A vacina contra varicela é recomendada de rotina na infância. Ela também pode ser recomendada para adultos que nunca tenham contraído Varicela.

ECLAMPSIA

Eclampsia é a forma mais grave da doença pré-eclampsia. A doença é caracterizada pela hipertensão (alta pressão arterial) e proteinúria (presença de proteína na urina). Acomete mulheres na segunda metade da gravidez (após a 20ª semana de gestação). A causa da pré-eclampsia ocorrer durante a gravidez é desconhecido. Sabe-se, no entanto, que a existência da placenta é obrigatória e que não precisa existir o feto. Alguns tumores placentários provocam pré-eclampsia sem que haja feto. A doença desaparece assim que a placenta sai do organismo da mulher.

A forma mais amena da doença é chamada de pré-eclampsia leve e a mulher pode até não notar sintomas. Por vezes, percebe-se um pequeno inchaço. A necessidade de se realizar um bom pré-natal é imensa durante toda a gravidez. O médico aferirá a pressão e fará freqüentes exames de urina para identificar a doença.

Já na pré-eclampsia grave, além do aumento da pressão arterial e proteinúria, inchaço, pode-se notar cefaléia (dor de cabeça), cansaço, sensação de ardor no estômago e alterações visuais ligeiras. Quando a eclampsia estiver iminente acontecerá hemorragias vaginais e diminuição dos movimentos do seu bebê.

A eclampsia é caracterizada quando a mulher com pré-eclampsia grave convulsiona ou entra em coma. A mulher tem convulsões porque a pressão sobe muito e, em decorrência disso, diminui o fluxo de sangue que vai para o cérebro. Essa é a principal causa de morte materna no Brasil atualmente.

Em cerca de 10% das gestações há a incidência de hipertensão, em sua maioria, na forma de pré-eclampsia leve. Os casos de eclampsia e pré-eclampsia ocorrem geralmente no oitavo ou nono mês.

Possuem maiores riscos de adquirir a doença as mulheres que engravidam mais velhas ou muito novas, que estão grávidas pela primeira vez, que têm histórico de diabetes, pressão alta, pré-eclampsia ou eclampsia, se há alguém na família que já teve a pré-eclampsia, e obesas. Porém, as mulheres que têm pressão normal e sem histórico também podem ser acometidas.

ÓXIDO NÍTRICO

O óxido nítrico (NO) é um radical livre, gasoso, inorgânico, incolor, que possui sete elétrons do nitrogênio e oito do oxigênio, tendo um elétron desemparelhado. Até meados da década de 1980, o NO era considerado apenas membro de uma família de poluentes ambientais indesejáveis e carcinógenos potenciais. Atualmente, o NO constitui um dos mais importantes mediadores de processos intra e extracelulares. Este radical é produzido a partir da L-arginina, por uma reação mediada pela enzima NO-sintase constitutiva (c-NOS) e induzível (i-NOS). O NO apresenta um papel dúbio, às vezes benéfico, outras vezes prejudicial ao organismo. Está envolvido no relaxamento vascular e tem um papel de grande importância na proteção do vaso sangüíneo. Constitui um importante mediador citotóxico de células imunes efetoras ativadas, capaz de destruir patógenos e células tumorais. Possui, ainda, um papel como mensageiro/modulador em diversos processos biológicos essenciais. No entanto o NO é potencialmente tóxico. A toxicidade se faz presente particularmente em situações de estresse oxidativo, geração de intermediários do
oxigênio e deficiência do sistema antioxidante. A determinação laboratorial do NO é complexa, e a caracterização de ativadores e inibidores específicos da síntese de NO constitui o novo desafio para o entendimento e o tratamento de várias doenças. Estudos envolvendo o NO têm sido um dos principais alvos da indústria farmacêutica.

FIBROSE CÍSTICA

É uma doença herdada geneticamente. Na maioria das vezes, é diagnosticada na infância, embora também possa ser diagnosticada na adolescência ou na vida adulta.

As pessoas com fibrose cística tem um funcionamento anormal das glândulas que produzem o muco, suor, saliva, lágrima e suco digestivo.

O pâncreas - um órgão localizado no abdome que tem como função auxiliar na digestão dos alimentos e produzir hormônios - está afetado em quase todos casos de fibrose cística. As enzimas digestivas do pâncreas estão alteradas e podem dificultar a digestão dos alimentos. Até 10-20% dos recém-nascidos com fibrose cística podem ter uma obstrução no intestino por causa da insuficiência no funcionamento das enzimas do pâncreas. Este problema é chamado de íleo meconial, e a criança não consegue evacuar. A cirurgia é quase sempre necessária nesta situação.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Em termos clínicos, na maioria das vezes, a inflamação crônica é entendida segundo seu critério cronológico, ou seja, é o tipo de inflamação que perdura por longo tempo, não sendo visíveis os sinais cardinais de dor, tumor, calor, rubor e perda de função. Existe ainda o critério biológico, em que se classifica uma inflamação crônica segundo seus elementos teciduais, quais sejam fibroblastos, linfócitos, macrófagos (células ditas do sistema mononuclear macrofágico) e pouca quantidade ou ausência de fenômenos exsudativos plasmáticos. Contudo, muitas vezes, o clínico pode classificar uma inflamação como sendo do tipo crônica, mas, ao olharmos no microscópio, poderemos visualizar elementos teciduais que não correspondam a uma inflamação crônica. Portanto, a visão microscópica (ou biológica) não necessariamente concorda com a visão clínica; o diagnóstico, nesses casos, deve ser feito considerando-se ambos os critérios.


1. Inespecífica (ou não-específica): esse tipo de inflamação é composto por células mononucleares associadas a outros tipos celulares; não há predominância de um tipo celular; em geral, são observados linfócitos, plasmócitos e macrófagos em quantidades variadas. Na Odontologia, com freqüência são vistas inflamações crônicas inespecíficas, causadas tanto por agentes físicos e químicos, quanto pelos biológicos.

2. Produtiva (ou hiperplásica ou proliferante): como há predomínio de grande quantidade de fibras colágenas e de células, por vezes a inflamação crônica pode manifestar o sinal cardinal de tumor, ou aumento de volume local. Há, assim, a presença de uma massa tecidual evidente.

3. Exsudativas: algumas inflamações crônicas podem manifestar a presença de pus, principalmente se o tecido não for adequado para o desenvolvimento de uma inflamação aguda, como é o caso do tecido ósseo.

4. Granulomatosa (formação de granulomas):
tipo de inflamação em que se observam os granulomas, formações especiais de células que, de tão características, permitem um diagnóstico da doença mesmo sem a visualização do seu agente causal. Manifesta-se macroscopicamente ou clinicamente sob a forma de pequenos grânulos; daí o nome "granuloma".

Antonio Soares


Vacina experimental diminui risco de infecção por Aids

Resultado de uma parceria entre o governo da Tailândia e o Exército dos EUA, o maior teste contra a Aids já realizado no mundo aconteceu com 16 mil voluntários tailandeses e descobriu uma vacina capaz de reduzir em quase um terço o risco de contrair o vírus HIV. Todos os voluntários receberam orientações de como se prevenir contra doença, entretanto, a vacina foi dada a metade dos voluntários e a outra metade ganhou um placebo.

O risco de infecção pelo HIV foi 31,2% menor entre aqueles que receberam a vacina do que entre os que tomaram o placebo. O resultado é encarado com otimismo por cientistas, embora uma vacina global contra a Aids ainda esteja longe de ser alcançada.

Antonio Soares

Câncer de Estômago

O estômago é o órgão que vem logo após o esôfago, no trajeto do alimento dentro do aparelho digestivo. Ele tem a função de armazenar por pequeno período os alimentos, para que possam ser misturados ao suco gástrico e digeridos.

O câncer de estômago (também denominado câncer gástrico) é a doença em que células malignas são encontradas nos tecidos do estômago. Os tumores do câncer de estômago se apresentam, predominantemente, sob a forma de três tipos histológicos: o adenocarcinoma, responsável por 95% dos tumores gástricos, o linfoma, diagnosticado em cerca de 3% dos casos, e o leiomiossarcoma.


Epidemiologia
Cerca de 65% dos pacientes diagnosticados com câncer de estômago têm mais de 50 anos. O pico de incidência se dá em sua maioria em homens, por volta dos 70 anos de idade.

No resto do mundo, dados estatísticos revelam um declínio da incidência do câncer gástrico, especificamente nos Estados Unidos, Inglaterra e em outros países mais desenvolvidos. A alta mortalidade é registrada atualmente na América Latina, principalmente nos países como a Costa Rica, Chile e Colômbia. Porém, o maior número de casos de câncer de estômago ocorre no Japão, onde encontramos 780 casos por 100.000 habitantes.


Fatores de Risco
Vários estudos têm demonstrado que a dieta é um fator preponderante no aparecimento do câncer de estômago. Uma alimentação pobre em vitamina A e C, carnes e peixes, ou ainda com uma alto consumo de nitrato, alimentos defumados, enlatados, com corantes ou conservados no sal são fatores de risco para o aparecimento deste tipo de câncer. Outros fatores ambientais como a má conservação dos alimentos e a ingestão de água proveniente de poços que contém uma alta concentração de nitrato também estão relacionados com a incidência do câncer de estômago.

dados do INCA(Instituto Nacional do Câncer). Antonio Soares

Células-tronco. FUTURAMENTE...

As células-tronco, também conhecidas como células-mãe ou células estaminais, são células que possuem a melhor capacidade de se dividir dando origem a células semelhantes às progenitoras.

Assim estas representam a principal via de investigação/desenvolvimento da oftalmologia a nível mundial. Estas poderão representar a esperança para quem sofre de patologias como a retinopatia diabética, glaucoma e DMRI, que juntamente com as cataratas (que possuem tratamento cirúrgico), formam as principais causas de cegueira.

CASO 1:

Em 2007, cientistas británicos tentaram restituir a visão de pacientes com degeneração macular, através de um método inovador cultivando de células do epitélio pigmentar da retina (EPR) a partir de células tronco embrionárias, tendo como objectivo devolver-lhes a visão. Já anteriormente células extraídas de regiões saudáveis da retina dos pacientes foram implantadas nos locais afectados por degeneração macular, no entanto trouxeram algumas complicações que se sobrepuseram ao tratamento.

No ratos com degeneração macular a intervenção foi saudável, não trazendo qualquer complicação e restituindo-lhes a visão.

No entanto, tornou-se fundamental ter a certeza da sua aplicabilidade/funcionalidade em humanos. A adaptabilidade das células tronco é fundamental para o sucesso da investigação, e estes cientistas da Universidade de Sheffield acreditaram que esta poderia ser uma terapia de uso mundial.

POSTADO: Antonio Soares.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

MÉTODOS CONTRACEPTIVOS

TAXA DE FALHAS - ÍNDICE DE PEARL

LAM(lactação amenorréia como método)........................1,8%
Ogino Knaus(tabelinha)........................................9 a 20%
Billings.............................3 a 20%
Condon......................................................2 a 12%

Diafragma.............................................6 a 18%
Espermicida.......................................3 a 21%
DIU.......................................0,5 a 1%
Ao combinado...........................0,1 a 3%
Ao Progestágeno...................................0,5 a 3%
AI combinado........................................0,4 a 0,4%
AI de progestágeno.......................................0 a 0,2%
Laqueadura Tubária..................................0,2 a 0,4%
Vasectomia..................................................0,1 a 0,15%
Camila Pinheiro

PREVENÇÃO DO CÂNCER DE MAMA

O câncer de mama é o segundo tipo de câncer mais frequente no mundo e o primeiro entre as mulheres no Brasil, 2006, 53/100 mil mulheres ano.

Sudeste: 71/100 mil - Sul: 69/100 mil;
Centro-Oeste: 38/100 mil;
NE: 27/100 mil- N: 15/100 mil.

Risco relativo dos fatores do câncer de mama em mulheres

  • idade acima de 40 anos;
  • história de CA em uma mama;
  • dois ou mais parentes de 1º grau com CA de mama;
  • Mamas densas;
  • gravidez a termo após os 30 anos;
  • lactação ausente.
Atenção Primária

Procedimentos para ajudar a detecção precoce e diagnóstico do Ca de mama

  • Auto- exame das mamas;
  • Exame clínico das mamas;
  • Mamografia simples bilateral.


Características Clínicas que sugerem a hipótese diagnóstica
Benigno:
  • Concistênciafibroeblática cística;
  • superfície regular, lobulada;
  • Limites preciosos, contorno regular;
  • Mobilidade presente ou diminuída.
Maligno:
  • Consistência pétrea;
  • Superfície irregular;
  • Contorno mal definido, limites imprecisos;
  • Mobilidade: fixo.
Mamografia



PREVINA- SE

Camila Pinheiro

Neoplasias


Carcinoma epidermóide, uma neoplasia maligna epitelial. As células apresentam um comportamento diferente (veja a variabilidade de formas e tamanhos - setas) e estão alteradas geneticamente, sendo essa alteração transmitida por intermédio das divisões celulares mitóticas. Vemos ao centro uma mitose no tecido neoplásico, um forte indicativo de proliferação das células neoplásicas e de manutenção desse tecido.
RENATA FERREIRA

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Mal de Alzheimer


Os primeiros sintomas da Doença de Alzheimer aparecem usualmente após os 65 anos. Nos estágios iniciais da doença, o paciente demonstra dificuldade em pensar com clareza, tende a cometer lapsos e a se confundir facilmente, além de apresentar queda em seu rendimento funcional em tarefas complexas. Observa-se tendência ao esquecimento de fatos recentes e dificuldade para registrar novas informações. À medida que a doença progride, o paciente passa a ter dificuldades para desempenhar as tarefas mais simples, como utilizar utensílios domésticos, ou ainda para vestir-se, cuidar da própria higiene e alimentar-se. Na doença mais avançada, o indivíduo acaba por perder a capacidade de funcionar de modo independente, tornando-se dependente de um cuidador. O quadro se agrava quando o paciente desenvolve sintomas psicóticos ou alterações comportamentais, muitas vezes disruptivas, impondo grande desgaste para o próprio paciente e sobrecarga ao cuidador.
A deterioração do tecido cerebral observada na Doença de Alzheimer(DA) caracteriza-se fundamentalmente por redução do número de neurônios (morte neuronial) e comprometimento da função dos neurônios remanescentes, com decréscimo na síntese dos neurotransmissores e na condução do impulso nervoso pela diminuição da sinaptogênese. Diante da incapacidade de regeneração do tecido nervoso, os sintomas cognitivos, comportamentais e afetivos instalam-se em decorrência desse comprometimento morfológico e funcional que se observa na DA. Inúmeros fatores podem produzir lesão ou morte neuronial, implicando ao final no aparecimento dos sintomas cognitivos, comportamentais e afetivos que caracterizam a DA. (FERNANDES).
RENATA FERREIRA

CLIMATÉRIO


O QUE É MENOPAUSA E CLIMATÉRIO

  • Menopausa: é a parada de funcionamento dos ovários. Ou seja, os ovários deixam de produzir os hormônios estrógeno e progesterona e ocorre a degeneração final dos folículos ainda presentes, é o fim do período menstrual.
  • O Climatério: é a fase da vida em que ocorre a transição do período reprodutivo ou fértil para o não reprodutivo, devido à diminuição dos hormônios sexuais produzidos pelos ovários.
IMPACTO DO CLIMATÉRIO NA MULHER E NAS ORGANIZAÇÕES
Físicos Funcionais
  • irritabilidade falta de concentração
  • ansiedade falta de motivação
  • angústia
  • indisposição falta de cooperação
  • insônia menor produtividade
  • depressão maior absenteísmo
  • calores

TPM E PRÉ-MENOPAUSA: é o período que precede a menopausa, que pode começar apartir dos 35 anos e perdura até a parada das menstruações. Este período se caracteriza por irregularidades do ciclo menstrual ou aumento do fluxo menstrual e aumento dos sintomas de tensão pré- menstrual.
MENOPAUSA: é caracterizada pela ausência da menstruação por um período de 12 meses. Geralmente ocorre entre 40 e 60 anos.
PÓS- MENOPAUSA: compreende o período após a menopausa e perdura por 10 anos.
CLIMATÉRIO: do grego KLIMACTON que significa "crise" e engloba os períodos de pré-menopausa, menopausa e pós-menopausa.

SINAIS E SINTOMAS

  1. ondas de calor ( fogachos)
  2. suores noturnos
  3. transtornos do sono
  4. alteração do humor
  5. incontinência
  6. osteoporose
  7. doenças cardiovasculares.
CONDUTA DA MULHER CLIMATÉRICA

  • Orientar sobre as modificações fisiológicas
  • Promoção de saúde: higienodietéticas
  • Eliminar hábitos deletérios
  • Corrigir ingesta de cálcio
  • Atividade física
  • Prevenir doenças
  • Rastrear neoplasias
  • Tratamento preventivo de fraturas
  • Terapia de reposição hormonal - uso restrito.

Camila Pinheiro de Freitas

DOENÇA MEMBRANA HIALINA

INTRODUÇÃO

Também chamada de Síndrome da Angústia Respiratória do recém-nascido (SAR), é uma doença decorrente da imaturidade pulmonar, da caixa torácica e da deficiência de surfactante. Apesar dos avanços tecnológicos e dos cuidados de pré-natal e pós-natal desses RNs, ainda é alta sua morbimortalidade.

FISIOPATOLOGIA

A. Desenvolvimento pulmonar - se divide em 5 estágios:
• 1º período embriogênico - desenvolvimento das vias aéreas maiores (3-4 semanas)
• 2º período pseudoglandular - desenvolvimento das vias aéreas até os bronquíolos terminais
(6-16 semanas)
• 3º período canalicular - desenvolvimento dos ácinos e da vascularização (16-28 semanas)
• 4º período sacular - subdivisão dos sáculos (28-36 semanas)
• 5º período alveolar - aparecimento dos alvéolos (32 semanas ao termo)
B. Surfactante Pulmonar : substância lipoproteica que contém 10-20% de proteínas e 80-90% de
lípides, sendo os mais representativos a fosfatidilcolina ( lecitina )
e o fosfatidilglicerol.
Suas principais ações:
- Diminuição da tensão superficial dos alvéolos,
- Diminuição da necessidade de grandes pressões p/mantê-los abertos, principalmente na expiração;
- Manter a estabilidade alveolar, variando a tensão superficial de acordo c/ o tamanho dos alvéolos. P=2T/R

INCIDÊNCIA

Fatores de alto risco: - prematuridade,
- asfixia perinatal,
- hipotermia,
- hipovolemia,
- diabetes materno,
- isoimunização Rh,
- parto cesáreo,
- parto pélvico,
- placenta prévia,
- DPP,
- 2º gemelar,
- sexo masculino.,
- cor branca,
- multiparidade,
- baixo nível sócio-econômico
- assistência pré-natal insatisfatória.
Fatores de baixo risco: - insuficiência placentária crônica,
- hipertensão materna,
- hemoglobinopatias maternas,
- uso de glicocorticóides,
- hormônio tireoidiano
- heroina,
- sofrimento fetal crônico
- CIUR

CONDUTA TERAPÊUTICA.

• Preventiva - tratamento materno com glicocorticóides ( betametasona-2 a 4 doses de 12mg
ou dexametasona- 4 a 5mg, 24-48hs antes do parto)
• Medidas Gerais - no RN:
a. Controle da temperatura corporal: berço de calor radiante ou incubadora
b. Equilíbrio hidroeletrolítico e metabólico
c. Nutrição: por gavagem, após estabilização do quadro clínico ou parenteral.
d. Manutenção da volemia e do transporte de O2
e. Antibioticoterapia: se insufic. respiratória moderada ou grave, ou risco para infecção.
• Tratamento da Insufic. respiratória:
a. CPAP nasal: nas formas iniciais da DMH o CPAP diminui de modo significativo as
complicações agudas e crônicas,bem como a necessidade de ventilação mecânica
b. Ventilação mecânica: se manutenção da hipóxia ( pO2 <50mmhg>55-60mmHg ).

COMPLICAÇÕES

• Agudas:
• Rotura alveolar - pneumotórax, pneumomediastino, pneumopericárdio, enfisema instersticial
• HIC - subependimária ou IV
• PCA
• Infecção
• Crônica:
• Retinopatia da prematuridade
• DBP

UMA BOA ASSISTÊNCIA OBSTÉTRICA PRÉ-NATAL É ESSENCIAL PARA OS RISCOS E
PARA DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO PRECOCE DA DMH.

Débora Araújo

Amamentação e algumas dificuldades

O leite materno ainda é o melhor alimento que a mãe pode oferecer ao seu filho. Porém alguns cuidados são necessários para que esse momento de carinho, afeto, cuidado e dedicação não se torne um momento doloroso. Uma mãe saudável, bem nutrida, tem mais possibilidades de amamentar com sucesso.
Algumas dificuldades são descritas a seguir:
  • Ingurgitamento mamário:

    É mais comum em primíparas (mães de primeira viagem) e costuma aparecer no segundo dia pós-parto. Resulta do aumento da vascularização e congestão vascular das mamas e da acumulação de leite. Pode atingir apenas a aréola, o corpo da mama ou ambos. Quando a aréola está ingurgitada, a criança não consegue uma boa pega, o que pode ser doloroso para a mãe e frustrante para a criança, pois, nestas condições, há dificuldade para a saída do leite.

  • Hipogalactia (diminuição do leite)

    Queixa comum durante a amamentação é afirmar que se tem “pouco leite”, ou que o leite é fraco. Esta está relacionada, freqüentemente, com a insegurança materna quanto à sua capacidade de nutrir o seu filho, fazendo com que interprete o choro da criança e as mamadas freqüentes (normal no bebê pequeno) como sinais de fome. A ansiedade que tal situação gera na mãe e na família pode ser transmitida à criança, que responde com mais choro. O complemento com leites artificiais muitas vezes alivia a tensão materna e essa tranqüilidade vai-se repercutir no comportamento da criança, que passa a chorar menos, reforçando a idéia de que ela realmente estava passando fome.

    A suficiência de leite materno é avaliada através do ganho ponderal da criança e o número de micções por dia (no mínimo 6 a 8). Se a produção do leite parecer insuficiente para a criança, pelo baixo ganho ponderal na ausência de patologias orgânicas, cabe ao médico conversar com a mãe e tentar determinar o que está a interferir com a produção do leite.

  • Traumas nos mamilos

    As mães devem ser orientadas a procurar assistência médica quando surgirem traumas dos mamilos. A amamentação não deve ser dolorosa.

  • Mastite

    São as fissuras, na maioria das vezes, a porta de entrada para os germes (especialmente o Staphylococcus aureus) que provocam a mastite. Tal patologia deve ser precocemente diagnosticada e tratada. A mastite, em geral, compromete o estado geral da mulher, provocando dor local intensa, febre e mal-estar. A mama apresenta-se com edema, hiperemia e calor.

RENATA FERREIRA

Inflamação crônica

A inflamação crônica é caracterizada pelos fenômenos proliferativos, com formação de fibrose. Pode durar semanas, meses ou anos, enquanto a inflamação aguda tem curta duração, horas ou dias.

A inflamação crônica ocorre nas seguintes situações:

  1. Infecção persistente por certas bactérias como por exemplo o bacilo da tuberculose
  2. Exposição prolongada a determinadas substâncias irritantes tais como a sílica
  3. Reações autoimunes como por exemplo no lupus eritematoso sistêmico

Características morfológicas

  1. Infiltrado inflamatório por células mononucleares (macrófagos, linfócitos e plasmócitos)
  2. Destruição tecidual que é produzida pela persistência do agente agressor ou pelas células inflamatórias
  3. Tentativa de reparo que produz tecido conjuntivo.
CÉLULAS

Os macrófagos são as principais células da inflamação crônica e acumulam-se no foco inflamatório por três mecanismos:

  1. Quimiotaxia
  2. Proliferação de macrófagos no foco inflamatório
  3. Liberação no foco inflamatório de um fator de inibição da migração de macrófagos, que os impede de abandonar o foco inflamatório

Outras células importantes na inflamação crônica são:

  1. Linfócitos - mobilizados em reações imunes (T e B) e não imunes. Interagem com os macrófagos.
  2. Eosinófilos – são particularmente abundantes nas reações imunes mediadas por IgE e nas parasitoses
  3. Mastócitos – são células abundantes no tecido conjuntivo e que podem liberar histamina, particularmente nas reações anafiláticas a drogas, venenos de insetos e reações a alimentos
  4. Leucócitos polimorfonucleares – embora sejam mais característicos das inflamações agudas, podem ser encontrados também nas inflamações crônicas.

As inflamações crônicas podem ser divididas, sob o ponto de vista anátomo-patológico, em inflamações crônicas específicas (granulomatosas) e inespecíficas.

As inflamações específicas são caracterizadas pelos granulomas, que são acúmulos localizados de macrófagos e macrófagos modificados, (células epitelióides e células gigantes inflamatórias). Os granulomas podem ainda apresentar outras células tais como linfócitos, eosinófilos e fibroblastos, além de necrose e do próprio agente agressor.

Há dois tipos de granulomas: granulomas tipo corpo estranho e granulomas imunes.

Os granulomas tipo corpo estranho são provocados por corpos estranhos (fios de sutura por exemplo) relativamente inertes e que não provocam resposta imune. O exame histológico destes granulomas permite ver o corpo estranho no seu interior.

Já os granulomas imunes são causados por agentes, insolúveis ou de digestão difícil, capazes de provocar uma resposta imune celular. Neste tipo de resposta, os macrófagos ingerem o material estranho e apresentam-no aos linfócitos T, que são então ativados, produzindo citocinas, ativando outras células T e outros macrófagos.

O estudo histológico dos granulomas é importante pois algumas doenças tais como a tuberculose, esquistossomose e a blastomicose podem ser diagnosticadas quando os seus agentes etiológicos são encontrados no granuloma.

Efeitos sistêmicos da inflamação:

  • Febre - é produzida como resposta a substâncias (pirógenos) que provocam a liberação de mediadores que agem no hipotálamo, desencadeando a liberação de neurotransmissores que reprogramam o nosso termostato corporal para uma temperatura mais alta. É um mecanismo de defesa.
  • Proteinas da fase aguda - proteina C reativa, fibrinogênio, proteina amilóide A séricadosadas ou indiretamente estimadas para diagnóstico. Em infecções crônicas, a produção continuada de proteína amilóide A sérica pode levar à amiloidose secundária. são produzidas pelo fígado e aumentam nas infecções, podendo ser
  • Leucocitose- ocorre por causa do aumento da liberação de leucócitos pela medula óssea (estimulada por citocinas), inclusive leucócitos ainda imaturos (desvio para a esquerda).
  • Sepsis - em infecções bacterianas graves, a grande quantidade de bactérias ou de lipopolissacarideos bacterianos (LPS ou endotoxinas) presentes na circulação provocam a produção de grande quantidade de citocinas que por sua vez desencadeiam coagulação intravascular disseminada, consumo de fatores da coagulação e hemorragias. Citocinas podem causar lesões hepáticas e prejudicam a sua função e consequentemente hipoglicemia por baixa da gliconeogenese. Aumento da produção de óxido nítrico leva a falência cardíaca aguda e choque. Esta tríade (coagulação intravascular disseminada, hipoglicemia e insuficiência cardíaca aguda é conhecida como choque séptico. A inflamação e as tromboses percebidas em diversos órgãos podem ocasionar falência d múltiplos órgãos tais como os pulmões (síndrome da angustia respiratória do adulto - SARA), os rins (insuficiência renal aguda - IRA) e os intestinos.
  • Outras manifestações - taquicardia, tremores, calafrios, anorexia, sonolência, palidez.
RENATA FERREIRA

Dor e seu aspecto psicológico

Conceito
É um sinal de advertência. Sensação desagradável ou penosa, que se origina pela irritação do tronco, raiz ou terminação nervosa da rede sensorial. A dor nos avisa que algo está errado e serve para proteger a parte afetada contra outros danos, já que fazemos o possível para não mexer na parte dolorida.


Aspecto psicológico


Qualquer dor, seja ela aguda ou crônica, tenha ela causa conhecida ou não, tem sempre um componente psicológico. Este componente psicológico é extremamente variável de pessoa para pessoa, e é modificado e influenciado por fatores culturais, étnicos, sociais e ambientais. Há pessoas que, mesmo sentindo dor forte, têm perfeito controle sobre si. Outras, com a mesma dor, tomam atitudes irracionais, reagem de forma anômala frente ao stress da dor.

Dores crônicas costumam ter ainda mais envolvimento emocional que as dores agudas, e as reações das pessoas são as mais variadas. Algumas entregam-se, resignadas, e se habituam com a previsão de sentir dor pelo resto de suas vidas. Outras encaram a dor, procuram ajuda médica, combatem a dor, e muitas vezes a vencem, ou pelo menos minimizam sua dor a ponto de levarem uma vida bastante normal e emocionalmente equilibrada.


Débora Araújo

TUBERCULOSE

A tuberculose é um exemplo clássico de inflamação crônica, devido principalmente ao seu aspecto histórico (essa lesão já vem sendo estudada há muito tempo). É causada principalmente pelo Mycobacterium tuberculosis ( existe ainda o M. bovis e o M. tuberculosis avis, também causadores de tuberculose, mas em menor escala), um bacilo aeróbico com alta resistência à fagocitose. A via de penetração desse bacilo é pelo trato respiratório, trato gastrointestinal ou pele, esse dois últimos mais raramente observados.
Existem duas formas da doença: a tuberculose primária e a secundária. A tuberculose primária ocorre quando o indivíduo entra em contato com o bacilo pela primeira vez e não necessariamente manifesta a doença; na maioria dos casos, a forma primária é facilmente curável, estando muitas vezes restrita a um local do pulmão.
Já a tuberculose secundária ocorre por uma reinfecção ou pela recidiva da primeira doença, assumindo uma evolução de cura mais difícil; nessa forma, a disseminação da doença para outros órgãos, como rins, intestino etc. é mais observada. A forma primária é caracteristicamente granulomatosa; já na forma secundária, a distribuição tecidual é mais intensa.
O indivíduo, quando em contato com o bacilo, desenvolve uma defesa específica para o microrganismo, na maioria das vezes bem eficiente, capaz de evitar uma reinfecção. Existem também vacinas compostas por formas inativadas do bacilo, que suscitam o desenvolvimento natural de imunidade.

Débora Araújo

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

DOENÇA RELACIONADA A PIGMENTAÇÃO

Vitiligo doença da pele
Já ouviu falar em Vitiligo? Pois bem, essa é uma doença um pouco seria em que se caracteriza exatamente pelo fato da pele perder a sua pigmentação formando diversas manchas no corpo. Esse tipo de doença infelizmente não apresenta sintomas, e age mais silenciosamente.

Oi tratamento consiste na reposição de pigmentação na parte afetada. Se você tem esse problema procure o quanto antes um médico. Afinal de contas, eles tem tendências a crescer cada vez mais, então se você não se precaver o quanto antes as conseqüências futuramente podem ser desastrosas.

PIGMENTAÇÃO

INFLAMAÇÃO

A inflamação (do Latim inflammatio, atear fogo) ou processo inflamatório é uma resposta dos organismos vivos homeotérmicos a uma agressão sofrida. Entende-se como agressão qualquer processo capaz de causar lesão celular ou tecidual. Esta resposta padrão é comum a vários tipos de tecidos e é mediada por diversas substâncias produzidas pelas células danificadas e células do sistema imunitário que se encontram eventualmente nas proximidades da lesão.

A inflamação pode também ser considerada como parte do sistema imunitário, o chamado sistema imune inato, assim denominado por sua capacidade para deflagar uma resposta inespecífica contra padrões de agressão previamente e geneticamente definidos pelo organismo agredido. Esta definição se contrapõe à da imunidade adquirida, ou aquela onde o sistema imune identifica agentes agressores específicos segundo seu potencial antigênico. Neste último caso o organismo precisa entrar em contato com o agressor, identificá-lo como estranho e potencialmente nocivo e só então produzir uma resposta.

Aspectos históricos

A inflamação é conhecida desde a antiguidade. O primeiro a descrevê-la em seus constituintes fundamentais foi Aurélio Cornélio Celso, na Roma antiga, cerca de 50 a.C.. Já no século XIX, o patologista alemão Rudolf Virchow introduziu o conceito de perda funcional e estabeleceu as bases fisiopatológicas do processo inflamatório.



Aspectos históricos

A inflamação é conhecida desde a antiguidade. O primeiro a descrevê-la em seus constituintes fundamentais foi Aurélio Cornélio Celso, na Roma antiga, cerca de 50 a.C.. Já no século XIX, o patologista alemão Rudolf Virchow introduziu o conceito de perda funcional e estabeleceu as bases fisiopatológicas do processo inflamatório.

Fisiopatologia (mecanismos de instalação)

Os neutrófilos migram dos vasos sangüíneos para o tecido inflamado via quimiotaxia, e então removem os agentes patológicos através da fagocitose e da degranulação.

À agressão tecidual se seguem imediatamente fenômenos vasculares mediados principalmente pela histamina. O resultado é um aumento localizado e imediato da irrigação sangüínea, que se traduz em um halo avermelhado em torno da lesão (hiperemia ou rubor). Em seguida tem início a produção local de mediadores inflamatórios que promovem um aumento da permeabilidade capilar e também quimiotaxia, processo químico pelo qual células polimorfonucleares, neutrófilos e macrófagos são atraídos para o foco da lesão. Estas células, por sua vez, realizam a fagocitose dos elementos que estão na origem da inflamação e produzem mais mediadores químicos, dentre os quais estão as citocinas (como, por exemplo, o fator de necrose tumoral e as interleucinas), quimiocinas, bradicinina, prostaglandinas e leucotrienos. Também as plaquetas e o sistema de coagulação do sangue são ativados visando conter possíveis sangramentos. Fatores de adesão são expressos na superfície das células endoteliais que revestem os vasos sanguíneos internamente. Estes fatores irão mediar a adesão e a diapedese de monócitos circulantes e outras células inflamatórias para o local da lesão.

Em resumo, todos estes fatores atuam em conjunto, levando aos eventos celulares e vasculares da inflamação. Resulta em um aumento do calibre de capilares responsáveis pela irrigação sanguínea local, produzindo mais hiperemia e aumento da temperatura local (calor). O edema ou inchaço ocorre a partir do aumento da permeabilidade vascular aos componentes do sangue, o que leva ao extravassamento do líquido intravascular para o espaço intersticial extra-celular. A dor, outro sintoma característico da inflamação, é causada primariamente pela estimulação das terminações nervosas por algumas destas substâncias liberadas durante o processo inflamatório, por hiperalgesia (aumento da sensibilidade dolorosa) promovida pelas prostaglandinas e pela bradicinina, mas também em parte por compressão relacionada ao edema.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

AINES

Os antiinflamatórios não esteroidais (AINES) são uma das classes de medicamentos mais usadas no mundo. Existem mais de 20 drogas diferentes, sendo as mais famosas:
- AAS ( acido acetilsalicílico)
- Diclofenaco
- Ibuprofeno
- Naproxeno
- Indometacina
- Cetoprofeno
- Acido mefenâmico
- Piroxican
- Colecoxib
São drogas que apresentam mecanismos de ação semelhantes, mas com particularidades entre elas. Todos os antiinflamatórios apresentam 3 efeitos básicos: Antipirético (abaixa a febre), analgésico (reduz a dor) e antiinflamatório. As diferenças costumam ser na potência de cada uma das 3 ações e nos efeitos colaterais, alguns indesejáveis, outros úteis em algumas patologias não inflamatórias.
O mecanismo de ação dos antiinflamatórios não-esteroidais (AINES), ou não hormonais (AINH) ocorre pela inibição de um sistema enzimático denominado cicloxigenase (COX), ou prostaglandina-H-síntase, responsável pela síntese dos diferentes tipos de prostaglandinas. Existem duas isoformas da COX, denominadas COX-1 e COX-2. A inibição da COX-1 seria responsável pelos efeitos colaterais dos AINES (irritação e hemorragia gástrica), o que fez os pesquisadores procurarem a síntese de medicamentos seletivos para COX-2, que seria a isoforma responsável pela síntese de prostaglandinas que combateria especificamente a inflamação. Dessa forma, os inibidores seletivos para COX-2 evitam a irritação gástrica induzida por inibidores não-seletivos ou os seletivos para COX-1.
Os AINES são drogas seguras se administradas com indicação médica. O problema é que esta talvez seja a classe de drogas mais auto-prescrita pela população. Existem inúmeros efeitos colaterais e interações com outros medicamentos que devem ser levados em conta antes de tomá-los.
Renata Ferreira

sábado, 12 de setembro de 2009

HISTAMINA

A histamina é produzida pela ação da descaboxilase da histidina sobre o aminoácido histidina. Está ligada aos proteoglicanos e proteínas por ligações iônicas dentro dos grânulos dos mastócitos e basófilos e à heparina dos mastócitos. Pode ser deslocada de seus sítios de ligação no grânulo pela exposição das células a altas concentrações de íons. Os níveis de histamina na corrente sanguínea são mais elevados de manhã, decrescendo no final da tarde.

É encontrada, quase que exclusivamente, dentro dos mastócitos e basófilos, com índices particularmente elevados nos intestinos, pulmões e pele. É liberada de seus estoques celulares quando as células são ativadas imunologicamente pela ação do antígeno sobre os anticorpos IgE, ligados à superfície celular ou quando são ativadas por mecanismos não imunológicos.

Em pacientes com mastocitose, ocorre em quantidade elevada, com níveis ainda maiores durante as crises dessa disfunção. Um nível elevado no sangue, também pode ser detectado durante anafilaxia, asma e uma variedade de urticárias. Elevações na concentração local de histamina, têm sido identificadas em líquidos e lavados broncoalveolares de pacientes que manifestaram reações alérgicas e, em líquidos de vesículas de pacientes com urticária, ambas induzidas. Existem três diferentes tipos de receptores nas células alvo da histamina: H1, H2 e H3.

As funções primárias da histamina sobre o receptor H1, foram identificadas por meio do efeito inibidor de anti-histmínicos:

  • contração de músculo liso dos brônquios, intestino, útero;

  • aumento da permeabilidade vascular das vênulas pós-capilares;

  • vasoconstrição pulmonar;

  • elevação dos níveis intracelulares de GMPc;

  • aumento da produção de muco nasal;

  • incremento na quimiocinese leucocitária;

  • produção de prostaglandinas pelo tecido pulmonar.

Obs.:Esses efeitos podem ser bloqueados com o uso de um anti-histamínico que age diretamente no receptor H1.

A estimulação por receptor H2:

  • aumenta a secreção de ácido gástrico,

  • estimula a produção de muco pelas vias aéreas;

  • aumenta níves intracelulares de AMPc;

  • inibe quimiocinese de leucócitos

  • estimula linfócitos T supressoes.

Obs.:Podem ser evitados por inúmeros compostos como a cimetidina e ranitidina.

A estimulação do receptor H3 tem sido mais bem estudada no tecido nervoso central, onde inibe liberação e bloqueia síntese de histamina. Os efeitos sobre esse receptor podem ser bloqueados por certos compostos que ainda não são disponíveis como drogas de uso farmacológico.

A estimulação de H1 e H2, simultaneamente, causa vasodilatação máxima, irritabilidade cardíaca e prurido.

As conseqüências clínicas da liberação de histamina incluem reações edematosas na pele, associadas a prurido e eritema, constrição brônquica, secreção de muco nas vias respiratórias, cólicas intestinais, liberação de enzima e ácido gástrico, produção de muco pelo intestino, hipotensão e disritmias cardíacas.


Débora Araújo

PNEUMONIA

A pneumonia é uma infecção ou inflamação nos pulmões que pode ser causada por vários microrganismos diferentes como vírus, bactérias, parasitas ou fungos.

Esta doença é muito frequente e atinge todas as faixas etárias. Muitas pessoas morrem todos os anos por causa desta doença. A metade de todos os casos de pneumonia é causada por bactérias e, destas, o pneumococus é o mais frequente.

DESENVOLVIMENTO DA PNEUMONIA

Normalmente, a doença se desenvolve quando, por algum motivo, há uma falha nos mecanismos de defesa do organismo, podendo se desenvolver por três mecanismos diferentes:

  • Um deles, bem comum, ocorre quando a pessoa inala um microrganismo, através da respiração, e este chega até um ou ambos pulmões, onde causa a doença.
  • Outra maneira frequente é quando bactérias, que normalmente vivem na boca, se proliferam e acabam sendo aspiradas para um local do pulmão.
  • A forma mais incomum de contrair a doença é através da circulação sangüínea. Uma infecção por um microorganismo em outro local do corpo se alastra e, através do sangue que circula, chega aos pulmões, onde causa a infecção.

MECANISMOS DE PROTEÇÃO

É importante lembrar que, em circunstâncias normais, as vias respiratórias (incluindo os pulmões) têm mecanismos eficazes de proteção contra infecções por microrganismos. O primeiro deles ocorre no nariz, onde grandes partículas são filtradas, não podendo chegar até os pulmões para causar infecções. As partículas pequenas, quando são inaladas pelas vias respiratórias (que levam ar até os pulmões), são combatidas por mecanismos reflexos. Dentre estes estão:

  • o reflexo do espirro;
  • o reflexo do pigarrear;
  • o reflexo da tosse;
Obs.: Estes reflexos expulsam as partículas invasoras, evitando as infecções (pneumonias).

Quando as pessoas estão resfriadas ou gripadas, a imunidade do organismo e a filtração que normalmente ocorre no nariz podem ficar prejudicadas, facilitando o surgimento de uma pneumonia. Naqueles casos onde ocorre uma supressão dos reflexos citados acima, também há um maior risco de surgimento da doença. Ex.: pode ocorrer quando uma pessoa dorme alcoolizada, fez uso de sedativos, sofreu uma perda de consciência por uma crise convulsiva ou é portador de algum tipo de sequela neurológica.

Os pulmões também possuem um mecanismo de limpeza, em que os cílios que ficam no seu interior realizam, através de sua movimentação, a remoção de secreções com microrganismos que, eventualmente, tenham vencido os mecanismos de defesa descritos anteriormente. Estes cílios ficam na parte interna dos brônquios, que são tubos que levam ar até os pulmões. É importante lembrar que este mecanismo de limpeza fica prejudicado no fumante, pois o fumo tem a propriedade de paralisar temporariamente os cílios envolvidos neste trabalho.

O último mecanismo de defesa da via respiratória ocorre nos alvéolos, onde ocorrem as trocas gasosas (entra oxigênio e sai gás carbônico) e é onde agem os macrófagos (são células especializadas na defesa do organismo e englobam os microrganismos que, de alguma forma, tenham vencido a filtração nasal, os reflexos de pigarrear, tossir ou espirrar, além da limpeza feita pelos cílios das vias respiratórias).

SINTOMAS (Pneumonia bacteriana clássica)

  • Início abrupto;
  • Febre;
  • Calafrios;
  • Dor no tórax;
  • Tosse com expectoração (catarro) amarelada ou esverdeada que pode ter um pouco de sangue misturado à secreção. A tosse pode ser seca no início;
  • A respiração pode ficar mais curta e dolorosa;
  • A pessoa pode ter falta de ar e em torno dos lábios a coloração da pele pode ficar azulada, nos casos mais graves;
  • Em idosos, confusão mental pode ser um sintoma frequente, além da piora do estado geral (fraqueza, perda do apetite e desânimo);
  • Nas crianças, os sintomas podem ser vagos (diminuição do apetite, choro, febre);
  • Outra alteração que pode ocorrer é o surgimento de lesões de herpes nos lábios, pela baixa do sistema imunológico;
  • Em alguns casos, pode ocorrer dor abdominal, vômitos, náuseas e sintomas do trato respiratório superior como dor de garganta, espirros, coriza e dor de cabeça.

Débora Araújo

domingo, 6 de setembro de 2009

Mola hidatiforme


A MH é uma complicação da gravidez com potencial para evolução para doença com comportamento maligno.
São reconhecidos dois tipos de MH: completa (MHC) e parcial ou incompleta (MHP). Entre elas, há diferenças quanto aos aspectos morfológicos (macroscópicos), histopatologia e cariótipo. Quanto à histopatologia, as MHC não têm elementos fetais, mostram proliferação generalizada e mais pronunciada do trofoblasto e maior frequência de atipias.
Do ponto de vista clínico, o volume uterino aumentado e complicações como hiperêmese, pré-eclâmpsia e cistos tecaluteínicos são mais frequentes entre as portadoras de MHC. As pacientes com MHP geralmente apresentam sintomas consistentes com abortamento incompleto ou retido e por isto quase sempre o diagnóstico de MHP é obtido após avaliação histológica de material de curetagem.
O diagnóstico da mola hidatiforme, seu tratamento e seguimento após o tratamento inicial sofreram alterações importantes nos últimos anos. O número de pacientes assintomáticas tem aumentado devido ao emprego de ultrassonografia no início da gravidez. Para a resolução da mola hidatiforme é necessário evitar o emprego de medicamentos que induzam contrações uterinas e usar a vácuo-aspiração. Deve ser prescrito o método contraceptivo hormonal logo após o esvaziamento da mola.
(Mola hidatiforme e doença trofoblástica gestacional - Jurandyr Moreira de Andrade)
Renata Ferreira

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

ICTERÍCIA NEONATAL

Quando a concentração de bilirrubina no sangue está anormalmente elevada, todos os tecidos do corpo, inclusive as escleras e a pele, tornam-se amarelados ou esverdeados, uma condição chamada de icterícia.A icterícia fica clinicamente evidente quando o nível sérico de bilirrubina supera 2,5 mg/dl (43 fmol/l).

ICTERÍCIA FISIOLÓGICA

É a mais comum dos tipos de icterícia, sendo responsável por 50% dos casos e aparece após as primeiras 24 horas de vida.

Causas da Icterícia Fisiológica
  • Hematócrito do recém-nascido (RN) mais elevado em relação a pacientes maiores (Vg=45 a 55%) ;
  • Hemoglobina fetal com sobrevida menor (90 dias) em relação à hemoglobina adulta (120 dias);
  • Deficiência transitòria de proteína Y ( ligandina);
  • Deficiência transitória de Glucoroniltransferase;
  • Cefalo-hematomas e equimoses;
  • Aumento da circulação entero-hepática.
ICTERÍCIA "NÃO-FISIOLÓGICA"

Tipo de icterícia que se apresenta dentro das primeiras 24 de vida do RN. Quase todos os casos de icterícia não-fisiológica devem-se à exacerbação dos mesmos mecanismos que causam a icterícia fisiológica. Assim, as principais causas estão relacionadas com os distúrbios de produção de bilirrubina, de captação hepática, do metabolismo, de excreção e da reabsorção intestinal.

Algumas doenças que podem causar icterícia neonatal não-fisiológica
  • Anemia hemolítica: quando as hemáceas são destruídas em excesso;
  • Infecções;
  • Síndrome de Gilbert, de Criegler-Najjar: distúrbios do funcionamento de enzimas que atuam no metabolismo da bilirrubina;
  • Deglutição de sangue;
CONDUTA TERAPÊUTICA
  • Alimentação precoce.
  • Fenobarbital.
  • Exossanguíneotransfusão.
  • Fototerapia.

Débora Araújo