
Chama-se infecção puerperal(febre puerperal) a que se origina no aparelho genital, após parto recente. Sendo, por vezes, impossível caracterizar a infecção que ocorre após o parto, parece melhor, a muitos, conceituar morbidade febril puerperal: temperatura de, no mínimo, 38ºC, durante dois dias quaisquer, dos primeiros 10 do pós-parto, excluídas as 24 horas iniciais. Nessas condições, conquanto não sejam da genitália, podemos incluir a tromboflebite, a infecção urinária, a pulmonar e a das mamas na morbidade puerperal. Cerca de 15% de todas as mulheres com febre puerperal têm apenas ingurgitamento mamário.
- Incidência: Em países desenvolvidos é a infecção causa importante de mortalidade materna, responsável por 25% dos óbitos. Aproximadamente 50% deles estão associados ao parto e a metade restante ao abortamento.
- Etiopatogenia: A avidade uterina, depois do parto e, especificamente, a área remanescente do descolamento placentário, constitui zona com grande potencial para infecção. A atividade contrátil normal do útero, depois da dequitação, e a involução puerperal, demais da reação leucocitária e da hemóstase trombótica na zona de implantação da placenta, representam os mecanismos de defesa contra a infecção.
A endometrite pós-parto tem fisiopatologia similar à corioamnionite, envolve os mesmos microrganismos e é frequentemente precedida pela infecção intra-amniótica clínica ou subclínica. Os patógenos anaeróbios desempenham papel relevante na endometrite que se segue à operação cesariana e são isolados em 40-60% das culturas colhidas apropriadamente. Mulheres com endometrite após o parto vaginal eis candidatas à infecção por patógeno único, sobressaindo o Streptococcus.
Camila Pinheiro
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