segunda-feira, 30 de novembro de 2009

EPILEPSIA

Epilepsia é uma alteração na atividade elétrica do cérebro, temporária e reversível, que produz manifestações motoras, sensitivas, sensoriais, psíquicas ou neurovegetativas (disritmia cerebral paroxística). Para ser considerada epilepsia, deve ser excluída a convulsão causada por febre, drogas ou distúrbios metabólicos, já que são classificadas diferentemente.

ETIMOLOGIA

A palavra epilepsia vem do grego epilepsia, 'doença que provoca repentina convulsão ou perda de consciência', pelo latim EPILEPSIA

Ocorrência

Existe uma variação percentual da prevalência da epilepsia de acordo com regiões. Nos países desenvolvidos sua incidência é estimada em 40-50/100.000 hab/ano

[1], enquanto que nos em desenvolvimento é de 122-190/100.000 hab/ano[2]. Estima-se que 50 milhões de pessoas no mundo já tiveram ao menos uma crise de epilepsia[3]. Estima-se também que os países em desenvolvimento concentrem 85% dos casos onde 90% dos quais não recebem diagnóstico ou tratamento[carece de fontes?]. Pode iniciar-se em qualquer idade, mas é mais comum até aos 25 e depois dos 65 anos. Também se observa uma leve diferença entre os sexos: há mais homens que mulheres com epilepsia.

Alguns estudos realizados no Brasil também apontam prevalências diferenciadas por região, variando de 1/1000 hab a 18,6/1000 hab[4].

CAUSAS

Existem várias causas para a epilepsia, pois muitos fatores podem lesar os neurônios (células nervosas) ou o modo como estes comunicam entre si. Os mais frequentes são: traumatismos cranianos, provocando cicatrizes cerebrais; traumatismos de parto; certas drogas ou tóxicos; interrupção do fluxo sanguíneo cerebral causado por acidente vascular cerebral ou problemas cardiovasculares; doenças infecciosas ou tumores.

Podem ser encontradas lesões no cérebro através de exames de imagem, como a tomografia computadorizada, mas normalmente tais lesões não são encontradas. O eletroencefalograma (EEG) pode ajudar, mas idealmente deve ser feito durante a crise. Existe uma discussão sobre a “personalidade epiléptica” no sistema legal, mas de um modo geral o epiléptico não deve ser considerado inimputável.

Quando se identifica uma causa que provoque a epilepsia, esta é designada por "sintomática", quer dizer, a epilepsia é apenas o sintoma pelo qual a doença subjacente se manifestou; em 65 % dos casos não se consegue detectar nenhuma causa - é a chamada epilepsia "idiopática". Emprega-se o termo epilepsia "criptogénica" quando se suspeita da existência de uma causa mas não se consegue detectar a mesma.

Conquanto possa ser provocada por uma doença infecciosa, a epilepsia, ao invés de algumas crenças habituais, não é contagiosa, ninguém a pode contrair em contato com um epiléptico. Na maioria dos casos a epilepsia deve-se a uma lesão cerebral causada por Traumatismo provocado por acidente físico, num Tumor, numa Infecção, no Parasita cisticerco, num Parto mal feito ou numa Meningite, embora em menor freqüência pode ser Genético[5][6], significando que, em poucos casos, a epilepsia pode ser transmitida aos filhos. Outro fator que pode explicar a incidência da epilepsia entre parentes próximos é que algumas causas como a infecção e a meningite, possíveis causas das lesões cerebrais, são contagiosas, expondo parentes próximos a uma incidência maior. Do mesmo modo, a cisticercose que é causada pela ingestão de cistos provenientes da Taenia solium (transmitidos na ingestão da carne de porco mal-cozida), adquirindo em alimentos contaminados costumeiramente fazem parte da alimentação de parentes próximos. A despeito da crença popular que a epilepsia é incurável, existem tratamentos medicamentosos e cirurgias capazes de controlar e até curar a epilepsia.

Alguns fatores podem desencadear crises epilépticas:

* mudanças súbitas da intensidade luminosa ou luzes a piscar (algumas pessoas têm ataques quando vêem televisão, jogam no computador ou frequentam discotecas)
* privação de sono
* ingestão alcoólica
* febre
* ansiedade
* cansaço
* algumas drogas e medicamentos
* Verminoses (como a neurocisticercose)

Tratamento Clínico

Os principais medicamentos utilizados são:

* Fenobarbital
* Fenitoína
* Valproato
* Carbamazepina
* Depakene

Camila Pinheiro

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