terça-feira, 22 de setembro de 2009

DOENÇA MEMBRANA HIALINA

INTRODUÇÃO

Também chamada de Síndrome da Angústia Respiratória do recém-nascido (SAR), é uma doença decorrente da imaturidade pulmonar, da caixa torácica e da deficiência de surfactante. Apesar dos avanços tecnológicos e dos cuidados de pré-natal e pós-natal desses RNs, ainda é alta sua morbimortalidade.

FISIOPATOLOGIA

A. Desenvolvimento pulmonar - se divide em 5 estágios:
• 1º período embriogênico - desenvolvimento das vias aéreas maiores (3-4 semanas)
• 2º período pseudoglandular - desenvolvimento das vias aéreas até os bronquíolos terminais
(6-16 semanas)
• 3º período canalicular - desenvolvimento dos ácinos e da vascularização (16-28 semanas)
• 4º período sacular - subdivisão dos sáculos (28-36 semanas)
• 5º período alveolar - aparecimento dos alvéolos (32 semanas ao termo)
B. Surfactante Pulmonar : substância lipoproteica que contém 10-20% de proteínas e 80-90% de
lípides, sendo os mais representativos a fosfatidilcolina ( lecitina )
e o fosfatidilglicerol.
Suas principais ações:
- Diminuição da tensão superficial dos alvéolos,
- Diminuição da necessidade de grandes pressões p/mantê-los abertos, principalmente na expiração;
- Manter a estabilidade alveolar, variando a tensão superficial de acordo c/ o tamanho dos alvéolos. P=2T/R

INCIDÊNCIA

Fatores de alto risco: - prematuridade,
- asfixia perinatal,
- hipotermia,
- hipovolemia,
- diabetes materno,
- isoimunização Rh,
- parto cesáreo,
- parto pélvico,
- placenta prévia,
- DPP,
- 2º gemelar,
- sexo masculino.,
- cor branca,
- multiparidade,
- baixo nível sócio-econômico
- assistência pré-natal insatisfatória.
Fatores de baixo risco: - insuficiência placentária crônica,
- hipertensão materna,
- hemoglobinopatias maternas,
- uso de glicocorticóides,
- hormônio tireoidiano
- heroina,
- sofrimento fetal crônico
- CIUR

CONDUTA TERAPÊUTICA.

• Preventiva - tratamento materno com glicocorticóides ( betametasona-2 a 4 doses de 12mg
ou dexametasona- 4 a 5mg, 24-48hs antes do parto)
• Medidas Gerais - no RN:
a. Controle da temperatura corporal: berço de calor radiante ou incubadora
b. Equilíbrio hidroeletrolítico e metabólico
c. Nutrição: por gavagem, após estabilização do quadro clínico ou parenteral.
d. Manutenção da volemia e do transporte de O2
e. Antibioticoterapia: se insufic. respiratória moderada ou grave, ou risco para infecção.
• Tratamento da Insufic. respiratória:
a. CPAP nasal: nas formas iniciais da DMH o CPAP diminui de modo significativo as
complicações agudas e crônicas,bem como a necessidade de ventilação mecânica
b. Ventilação mecânica: se manutenção da hipóxia ( pO2 <50mmhg>55-60mmHg ).

COMPLICAÇÕES

• Agudas:
• Rotura alveolar - pneumotórax, pneumomediastino, pneumopericárdio, enfisema instersticial
• HIC - subependimária ou IV
• PCA
• Infecção
• Crônica:
• Retinopatia da prematuridade
• DBP

UMA BOA ASSISTÊNCIA OBSTÉTRICA PRÉ-NATAL É ESSENCIAL PARA OS RISCOS E
PARA DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO PRECOCE DA DMH.

Débora Araújo

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